Segundo pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), O Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza voltou a cair em setembro, atingindo 92,5 pontos, com queda de 3,4% sobre o resultado do último mês de agosto (95,8 pontos). O consumidor avalia o momento econômico atual como adverso, contribuindo com o sentimento de confiança e o potencial de consumo.
A redução do ICC decorreu da piora dos seus dois componentes: o Índice de Situação Presente caiu 3,5%, passando de 92,6 pontos em agosto para 89,4 pontos neste mês. Já o Índice de Situação Futura caiu 3,3 pontos atingindo 94,6 pontos, como pode ser visto na tabela a seguir:
Tabela 1 – ICC, Síntese dos resultados
Índice | Valor mensal – em pontos | Média do Trimestre | ||
Jul | Ago | Set | ||
ICC | 94,0 | 95,8 | 92,5 | 94,1 |
ISP | 93,6 | 92,6 | 89,4 | 91,9 |
IEF | 94,4 | 97,9 | 94,6 | 95,6 |
Fonte: Pesquisa Direta Fecomércio/IPDC
Pretensão de compra
A taxa de pretensão de compras teve queda de 2,9 pontos percentuais, passando de 39,3%, em agosto, para 36,4% neste mês. Esse percentual está abaixo do resultado do indicador em setembro do ano passado, de 48,2%, sinalizando que o segundo semestre neste ano iniciou mais fraco em termos de expectativas de vendas.
O valor médio das compras é estimado em R$ 301,62 e a intenção de compra mostra-se levemente superior para as mulheres (36,6%), mas mais vigorosa para os consumidores do grupo com idade entre 18 e 24 anos (48,1%) e com renda familiar acima de dez salários mínimos (49,8%).
Os produtos mais procurados são: Aparelhos de telefonia celular, citados por (18,6%) dos entrevistados; Artigos de vestuário (17,1%); Televisores (15,3%); Móveis e artigos de decoração (12,1%); Geladeiras e refrigeradores (11,8%); calçados (11,8%) e Fogão (8,2%).
Expectativa dos consumidores
Acompanhando a mudança no índice de confiança, o percentual de consumidores que consideram o momento atual ótimo ou bom para a compra de bens duráveis também recuou em setembro, passando de 36,1%, em agosto, para 34,7% neste mês.
O perfil daqueles com maior disposição para as compras destaca os consumidores do sexo masculino (35,0%), do grupo com idade entre 18 e 24 anos (39,4%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (38,1%).
A pesquisa também revela que 55,6% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 67,5% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.
O consumidor de Fortaleza tem mostrado preocupações com a situação econômica nacional, com 68,2% dos entrevistados descrevendo-a como ruim ou péssima. Esse sentimento recebe influências da aceleração da inflação, do aumento dos juros e da percepção de relativa piora no mercado de trabalho trazendo expectativas negativas para o ambiente econômico dos próximos meses.
Índice de Confiança do Consumidor
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é uma medida sintética de indicadores da percepção do consumidor quanto à sua situação econômica, composto do Índice da Situação Presente (ISP) e Índice das Expectativas Futuras (IEF). O ICC funciona, portanto, como um indicador do potencial de consumo, baseado na opinião dos próprios consumidores.
O índice varia no intervalo de 0 a 200, sendo o índice 100 a fronteira entre a situação de pessimismo (abaixo desse valor) e otimismo (acima desse valor). O índice zero denotaria a situação de total pessimismo, enquanto 200 pontos indicariam a situação de total otimismo.
Saiba mais
A Pesquisa de Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Fortaleza (ICC) é realizada mensalmente pelo IPDC- Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio, ligado à Fecomércio-CE. Tem como principal objetivo verificar a expectativa real dos consumidores, em relação à situação econômica e em relação às futuras intenções de compras. A pesquisa avalia, também, o potencial de consumo a cada mês, a confiança do consumidor em relação à capacidade de compra e a situação do país. Além de verificar os produtos que o consumidor deseja adquirir, a propensão para gastar, a situação financeira atual e futura do consumidor, entre outros.
* postado por Oswaldo Scaliotti