Benefícios da amamentação alcançam mamães e bebês
Amamentar é um ato que vai além do processo de alimentar o bebê ou criança. O momento é um vínculo, funciona também como elo entre a mãe e o filho. Para reforçar essa importância, a Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação criou, em 1992, a Semana do Aleitamento Materno. Com 25 anos de existência, a semana serve para alertar sobre os inúmeros benefícios deste gesto.
Além de ser natural e prático, é importante para o desenvolvimento da criança, combate infecções e a protege contra vírus e bactérias. Mas a importância da amamentação não se limita à questão da saúde infantil. É também um momento único, onde mãe e filho iniciam um processo que se prolonga por toda a vida de conhecimento mútuo e onde estabelecem as bases para uma relação emocional aberta e saudável.
O leite humano tem muitos benefícios: é rico em nutrientes, de fácil digestão e absorção, reforça a imunidade pelos anticorpos que passam de mãe para filho e potencializa a saúde intestinal, dentre outros. Ele se diferencia dos demais, porque é produzido pela mãe, e sua alimentação é toda voltada para a produção desse leite.
Segundo o nutricionista do Hapvida, Igor de Oliveira, os benefícios para a mãe são importantes. A prática ajuda na criação e fortalecimento do vínculo, no emagrecimento, no retorno do útero para tamanho normal e diminui o risco de hemorragia e câncer de mama e útero. Isso ocorre devido às ações hormonais.
Igor alerta que as mães devem ter cuidado com a alimentação no período de amamentação, pois ela influencia no leite materno. “O leite é produzido de acordo com a alimentação da mãe. Ela deve estar sempre bem nutrida e hidratada, para produzir leite em quantidade e de qualidade”, afirma o nutricionista.
É comum algumas pessoas terem dificuldades na hora de amamentar. Os principais problemas são: dificuldade de posicionar o bebê no seio, problemas de inflamação na mama, mamilos invertidos e planos, preocupação com a estética e medo de sentir dor.
No entanto, há algumas condições que impedem a amamentação: doenças infecciosas ou uso de medicamentos que contraindiquem a amamentação.
Intervalo e idade
Sobre o intervalo entre as mamadas, não há uma regra específica. Mas Igor lembra que é importante controlar o tempo e não deixar que os períodos entre as mamadas sejam maior do que quatro horas. “Se o bebê não solicitar pelo alimento nesse intervalo de tempo, é importante que a mãe ofereça mesmo assim. Se a criança estiver dormindo, é preciso acordá-la para dar de mamar. E isso inclui também o horário da noite”, afirma.
Outra dúvida é em relação à idade limite para a criança parar de mamar. Segundo o profissional, isso vai depender da disponibilidade materna e interesse do bebê. “O ideal é que ela seja exclusiva nos seis primeiros meses de vida. Ou seja, não é preciso dar água ou chá, pois o leite contém tudo o que o bebê precisa”, diz Igor. “Após os seis meses, a mãe pode começar a introduzir outras opções de alimentos, como papinhas e frutas amassadas, mas a criança pode mamar até os dois anos de idade”, completa o nutricionista.
- postado por Oswaldo Scaliotti