- escrito por Herbert Lobo, Administrador
Vivemos a maior crise econômica dos últimos 85 anos. Segundo dados econômicos disponíveis, a última vez que tivemos um biênio recessivo foram nos longínquos 1930 e 1931.
Os sinais da desaceleração econômica – mesmo com a insistente negação do governo – já eram claros desde o início de 2014. De lá para cá, a situação só se agravou. Os brasileiros que já sofrem com o aumento da inflação, do desemprego e da taxa de juros, além dos cortes em programas sociais, agora, correm o risco eminente de empobrecerem perdendo renda.
O delicado momento econômico pelo qual passa país, além da incompetência de gestão, é reflexo de outras crises: fiscal, orçamentária, previdenciária, mas, sobretudo, política.
Vem da crise política parte significativa das dificuldades enfrentadas pelo país. A última eleição presidencial produziu o agravamento da polarização entre situação e oposição. Entretanto, a nação não pode ficar à deriva, em meio à essa disputa.
Frente a um quadro nacional tão desanimador, não devemos nos afastar da política, pelo contrário, devemos aprofundá-la, pois a efetiva participação cidadã é o único caminho para corrigirmos rumos e fazermos as mudanças imprescindíveis para construirmos um Brasil mais prospero e justo.
Líderes e, de modo especial, instituições políticas, devem assumir suas responsabilidades em busca da retomada do desenvolvimento nacional, pois, os interesses da nação são maiores que a simples disputa entre grupos.
O PMDB, que ao longo de décadas tem garantido o equilíbrio político necessário ao Brasil, fiel a seu desiderato de amalgamar um país diverso e rico em contradições, por meio do recém-publicado “Uma ponte para o futuro”, oferece um conjunto de propostas com o fito de criar um ambiente favorável ao desenvolvimento.
Entre outras medidas, o partido defende: (1) o orçamento impositivo; (2) o fim do engessamento das despesas constitucionais obrigatórias; (3) o fim das indexações salariais e previdenciárias; (4) ampliar as parcerias comerciais com os EUA, Europa e Ásia; (5) mudar o regime de concessões na área de petróleo; (6) privatizar o que for necessário; (7) simplificar e reduzir o número de impostos; (8) garantir segurança jurídica para investidores; (9) modernizar a legislação trabalhista. E o mais importante: defender a retomar do diálogo em busca de consensos políticos, sem os quais não haverá caminho.
Não obstante sua capacidade propositiva e força para produzir mudanças, o PMDB, para legitimar ainda mais o que defende, deve depurar seus quadros. Sem se distanciar dos ritos legais e do amplo direito de defesa, o partido deve se livrar de quem, porventura, não esteja imbuído do mais elevado espírito público.
Nos últimos cinquenta anos, nos momentos mais difíceis, o PMDB, sempre esteve ao lado dos brasileiros, agora, não seria diferente.