A Sondagem Industrial de maio, realizada pelo Núcleo de Economia e Estratégia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria – CNI, revelou impactos significativos da greve dos caminhoneiros, iniciada em 21 de maio, sobre a atividade econômica da indústria do Ceará. A produção da indústria local apresentou queda durante o mês de maio, acompanhada por elevação da capacidade ociosa e crescimento expressivo dos estoques de bens manufaturados. Também foi observado leve decréscimo no número de empregados alocados na produção.
Como destacado em pesquisa realizada pelo Núcleo de Economia e Estratégia, esses resultados estão associados à dificuldade na aquisição de insumos e matérias-primas, assim como as dificuldades associadas ao escoamento da produção. Em alguns casos, a produção foi totalmente paralisada. Por outro lado, apesar dos recuos em comparação ao mês de maio, as expectativas referentes à demanda, à compra de matérias-primas e à quantidade exportada permaneceram positivas ao situarem-se acima da linha divisória dos 50 pontos.
A perspectiva sobre o número de empregados sinaliza cenário de estabilidade no mercado de trabalho do setor industrial para os próximos seis meses. Por fim, vale destacar a intenção para a realização de investimentos na esfera produtiva do Ceará para os próximos seis meses. O índice cearense alcançou 61,3 pontos, o maior valor registrado desde janeiro de 2014, rompendo a tendência de estagnação observada nos últimos sete meses.