Estudo realizado pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) mostra que o Ceará exportou em junho de 2018 um valor recorde. Foram US$ 242,7 milhões, um aumento de 68,8% em relação a maio deste ano e 72,6% a mais que junho do ano passado. Foi o maior valor exportado em um único mês desde 1997, quando o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) passou a disponibilizar os dados. Já as importações somaram US$ 208,9 milhões – 29,3% a menos que o mês anterior. A queda nas importações e o crescimento das exportações garantiram o primeiro saldo positivo na balança comercial mensal cearense de 2018.
Analisando os dados do acumulado de janeiro a junho de 2018, as exportações atingiram o valor de US$ 1,025 bilhão, o maior dos últimos cinco anos, e as importações contabilizaram US$ 1,3 bilhão, cifra essa 17,8% maior que a de 2017. O saldo comercial do Ceará no primeiro semestre foi negativo em US$ 276,4 milhões, segundo melhor resultado entre 2014 e 2018.
O estudo revela também que o Ceará ocupa o 15º lugar no ranking brasileiro dos Estados que mais exportam. O Estado cresceu, entre 2017 e 2018, acima da média nacional que foi de 5,6%. Entre os Estados nordestinos, o Ceará é o quarto maior exportador. Filtrando as exportações cearenses pelos municípios, sete dos dez maiores apresentaram crescimento nas vendas externas ante igual período de 2017. Lideram o ranking São Gonçalo do Amarante, Sobral e Fortaleza.
Em relação aos setores que mais exportam, calçados, frutas e couros mantiveram sua importância na pauta exportadora do Estado, com destaque para o de frutas que registrou um aumento de 52,9% do ano passado para o atual, contabilizando US$ 79,9 milhões. No entanto, o setor líder das vendas externas continua sendo o de “ferro fundido, ferro e aço” que engloba os produtos da CSP. O segmento atingiu no primeiro semestre desse ano a marca de US$ 578,1 milhões, valor 16,8% maior do que o do ano passado. O segmento de máquinas e aparelhos elétricos surge como sétimo colocado no ranking com um crescimento de 243,1%, e com US$ 23,6 milhões exportados em 2018, esse aumento é explicado pela exportação de pás e geradores de energia eólica.
Com as exportações de ferro e aço da CSP, o Ceará passou a estreitar fortes parceiras com novos destinos, como é o caso da Turquia (US$ 116,7 milhões), Polônia (56,3 milhões), no entanto, assim como nos últimos anos, o principal destino das vendas externas do estado continua sendo osEstados Unidos, com US$ 302,5 milhões, quase 30% do total vendido em 2018. Outros países também apresentaram aumentos significativos entre 2017 e 2018, como Alemanha (210,1%), Canadá (233,3%) e Holanda (109%).
O Ceará cresceu acima da média nacional nas importações, com uma variação de 17,8%, enquanto a brasileira foi de 5,6%. Assim como nas exportações, São Gonçalo do Amarante lidera o ranking dos municípios importadores em 2018 com US$ 528,6 milhões, em comparação com o ano passado o aumento foi de 13,5%. A capital cearense é a segunda cidade que mais importa com US$ 238,6 milhões seguida por Maracanaú (US$ 168,6 milhões) e Caucaia (US$ 115,8 milhões). Com a construção do complexo de energia solar do Apodi, o município de Quixeré passou a figurar entre os dez maiores do estado, com US$ 35,2 milhões, explicados pela a importação de equipamentos e insumos, como células e painéis solares, principalmente da China.
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Sobre o CIN
O Centro Internacional de Negócios auxilia as empresas na inserção no mercado internacional, promovendo a cultura exportadora no Estado do Ceará. O CIN faz parte da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC, que junto com Serviço Social da Indústria – SESI Ceará, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI Ceará e Instituto Euvaldo Lodi – IEL Ceará formam o Sistema FIEC.