A perda de uma animal pode ter um impacto muito grande na vida de uma criança. Para algumas é o primeiro contato com a morte
Para muitas crianças, a convivência com um animalzinho de estimação é motivo de grande alegria e os Pets até ganham o título de ‘melhores amigos’. A presença dos animais durante a infância é de grande importância para o aprendizado e desenvolvimento que abrange tanto o aspecto físico como social. Os benefícios podem ser observados no dia a dia das crianças, auxiliando na criação do senso de responsabilidade e desenvolvimento da autoestima.
Mas, dentro do ciclo da vida, chega o triste momento da partida, em que a criança, muitas vezes, vai ter o seu primeiro contato com a morte. E como lidar com essa realidade? O que os pais devem fazer?
A psicóloga Ana Cristina Nogueira faz parte da equipe do Memorial Pet Crematório, que fornece serviços funerários ao tutores que perderam seus Pets, ela explica que o entendimento das crianças sobre a morte pode ser compreendida em três etapas. A primeira se estende até os cinco anos, onde a criança não tem o entendimento da morte estabelecido, apenas como preparação ou sonho e também como um acontecimento progressivo e passageiro. Na segunda etapa, que vai dos cinco aos nove anos, existe uma forte predisposição da criança de personificar a morte, que é entendida como “alguém” que surge para levar as pessoas, e como uma coisa irreversível. Contudo, também como algo que pode ser evitado, bem como um fato que sucede a todos e, principalmente, a ela mesma. A terceira etapa, vai dos nove aos dez anos, a criança identifica a morte como o término do funcionamento do corpo e como algo natural e inevitável.
O amigo pode estar sempre por perto
Pensando em dar apoio e assistência emocional para as famílias que consideram os Pets como membros da família, o Memorial Pet Crematório dispõe de uma ampla estrutura com serviços de velório, cremação, urnas personalizadas e a opção de plantar as cinzas do animal dentro de uma urna ecológica em seu espaço zen. Desta forma os pais podem explicar o ciclo da vida para as crianças de forma lúdica e respeitosa, associando a imagem do animal a uma nova forma de vida através da planta. Outra opção é depositar as cinzas do amigo Pet em urnas especiais para quem tem crianças em casa e não deseja despertar sentimentos de tristeza e sim de conforto emocional e amor.
Ainda sobre o comportamento dos pais em relação ao luto infantil a psicóloga alerta que é necessário deixar as crianças demonstrar o que estão sentindo em relação a ausência do animal e oferecer consolo e atenção para que elas não se sintam desamparadas diante da perda.