O fotógrafo iniciou sua carreira registrando a cena musical dos anos 80
Os anos 80 assistiram a aparição de uma cena musical nova no Brasil: irreverente, internacionalizada, energética e expressiva não só com o ritmo e líricas, mas também com as imagens. O rock brasileiro dessa época teve, entre suas estratégias, usar a noção de multimídia. Um dos aspectos fundamentais das bandas da época era a atitude. Flávio Colker começou a fotografar nessa cena e trabalhou com nomes fortes, como Caetano Veloso, Cazuza, Cássia Eller, Lulu Santos e Legião Urbana.
Saber tirar belas fotografias já é uma vitória, mas se destacar dos demais é o que realmente importa. Nessa palestra, Flávio Colker falará sobre como descobrir e desenvolver seu próprio estilo de fotografia. Como expressar a si mesmo e aquilo que é fotografado. Venha curtir o papo com esse renomado fotógrafo que fez capas de revistas, discos famosos, teatro, dança, dirigiu videoclipes, escreveu e dirigiu filmes, e muito mais, conquistando importantes prêmios e expondo sua arte em galerias como as do MAM SP, Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporâneo, Paço Imperial.
A palestra acontece nesta sexta-feira, às 19h, no auditório do Museu da Fotografia Fortaleza. A entrada é gratuita basta se inscrever no site sympla.com.br.
Perfil Flávio Colker – Nascido em 1956 no Brasil, Vive e trabalha entre o Rio de Janeiro e Cidade do México. Em suas diferentes produções, Flávio Colker busca os limites da fotografia que, em seu trabalho, é conceitual e teatral. Aparece não apenas como espelho do mundo, mas um espelho que reflete e inverte a própria ilusão das imagens. Ele duvida de sua própria capacidade de ser fiel à existência, mas também se deleita muitas vezes no prazer de fotografar, na teatralidade da fotografia. Em algumas séries, lida com a pretensão de evocar a matéria. Constrói uma tensão da matéria x imagem, como se esta fosse um vírus destinado a dominar a vida, congelando sua dimensão mais fundamental: o tempo. Esse embate com a imagem é construído com as alegorias, os disfarces e a teatralidade da ficção porque “a ficção resolve a existência com enorme prazer”. A dimensão e o suporte das imagens ganham força poética sendo pontos fundamentais de seu trabalho. O gigantesco x pequenino nas suas obras de paisagem. O fantasmagórico x presença nos retratos. Para Flavio, o ambiente da arte é o lugar para a fotografia separar o existente e o imaginado, sempre na mesma imagem porque “a ideologia do marketing utiliza a fotografia para confundir as duas naturezas.” A definição de natureza da fotografia foi trabalhada no seu papel de professor, tendo ocupado a cadeira de fotografia no departamento de Comunicação da PUC-Rio e lecionado na Escola de Artes Visuais do Parque Lage onde se dedicou a desenvolver e encorajar projetos.
Sobre o Museu
Compreendendo sua função social para além do espaço expositivo, o Museu da Fotografia realiza uma série de ações que têm como objetivo a divulgação de novos talentos e a promoção da fotografia contemporânea a partir da realização de cursos e visitas guiadas para a terceira idade e de oficinas e workshops voltados a artistas, estudantes e educadores – resultado, inclusive, da proximidade da instituição junto às Secretarias de Cultura (Secult), de Turismo (Setur) e de Educação do Estado (Seduc), e às Secretarias Municipais da Educação (SME), de Turismo (Setfor) e de Cultura de Fortaleza (Secultfor). O MFF tem também uma equipe de monitoria formada pelos alunos dos cursos de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade de Fortaleza (Unifor), Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Artes Visuais do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e do curso de Fotografia do Porto Iracema das Artes.
Serviço:
Palestra Flávio Colker
Data: 17 de agosto (sexta-feira)
Horário: 19h
Local de realização: Museu da Fotografia Fortaleza
Endereço: Rua Frederico Borges, 545 – Varjota
Inscrições: gratuitas, pelo site sympla.com.br
Mais informações: (85) 3017-3661