Variação nos produtos de beleza é apontado como um dos principais responsáveis por esse crescimento
Em tempos de selfies, redes sociais e programas de edição, a procura por uma boa maquiagem que combine com a cor de pele e com as particularidades de cada um ganha cada vez mais espaço. É o que releva os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) que afirma que a indústria de beleza – que inclui cosméticos e similares – está crescendo anualmente e que deverá chegar a arrecadar R$ 115 bilhões em 2020.
Os números da Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) também colocam o Brasil como um dos principais mercados do planeta, atrás somente dos Estados Unidos, China e Japão. O desempenho é atribuído pela Abihpec aos seguintes fatores: participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho e o lançamento constante de produtos; aumento da expectativa de vida da população, que está criando a necessidade do consumidor cuidar ainda mais do seu bem-estar.
Para Tiago Parente, diretor de mercado da Cosbel no Ceará, as diferentes variações de produtos que estão surgindo, respondem a uma demanda de mercado. “Cada pessoa tem sua particularidade, cor de pele, cor de maquiagem preferida e cor de cabelo, por isso está cada vez mais crescente a expansão do mercado de cosmético de nichos”, disse.
No ano passado, a expressão “cabelos cacheados” ultrapassou pela primeira vez a busca pelos lisos no Google, um crescimento de 232%. Na mesma toada, o interesse por “cabelos afro” aumentou 309% nos últimos dois anos, o que comprova também o crescimento pela busca de produtos de beleza que tenham a ver com as particularidades de cada um.
Crescimento feminino na publicidade
Esse crescimento também tem a ver com a participação de tipos de mulheres em campanhas publicitárias, independentemente da cor, raça ou gênero. Um estudo feito pela agência Heads, feito há três anos, a cada seis meses, analisa os comerciais que se tem na TV. Os dados mostram que não há mais a ditadura do cabelo liso e escorrido nas propagandas. Em 65% dos comerciais pesquisados, as mulheres têm cabelos naturais: ondulados, cacheados ou crespos.