O mês de setembro traz um alerta importante: a campanha de prevenção ao suicídio. Intitulado por Setembro Amarelo, um dos principais assuntos abordados é a depressão, doença cada vez mais presente na população. Para orientar e ajudar pessoas com sintomas e diagnóstico de depressão a superar os problemas da doença a Unimed Fortaleza criou o Grupo Viver Bem.
São seis encontros semanais caráter psicoeducativo e com acompanhamento de uma psicóloga. Em cada encontro são abordados assuntos relativos à depressão que proporcionam mudanças no comportamento e que podem colaborar com a redução dos sintomas depressivos.
Segundo a psicóloga do grupo, Jôse Anne Zaffalon, a depressão é multifatorial. O desencadeamento deste transtorno pode acontecer por diversos motivos, os principais são: carência de neurotransmissores como serotonina e noradrenalina no sistema límbico; fatores genéticos que aumentam a probabilidade do desencadeamento da depressão; doenças crônicas; fatores psicológicos como traumas, autoconceito negativo, autoestima frágil e fatores sociais como a vida urbana, desemprego, perdas sociais e/ou afetivas. A psicóloga destaca que estes fatores podem ser gatilhos, mas não necessariamente condição para o desencadeamento da depressão, pois nem todos que sofrem uma perda afetiva, por exemplo, desenvolvem a doença.
Jôse Anne alerta também para os sinais que podem demonstrar que uma pessoa está com depressão. “Os principais sinais são falta de interesse e ânimo em fazer atividades que antes lhe proporcionavam prazer; autoestima frágil; autoavaliação negativa; autoimagem distorcida; sentimento de culpa, fracasso, desesperança, desamparo, desespero e pensamentos negativos”, diz a responsável pelo Grupo Viver Bem. Para ela a pessoa que comete suicídio, ou mesmo a que tem ideações suicidas, não quer acabar com a própria vida mas sim com um sofrimento ao qual não consegue aliviar.
O Grupo Viver Bem já auxiliou cerca de 700 pessoas. “87% das que concluíram o Grupo em 2017 reduziram sintomas. O nível de redução em comparação a quando iniciaram o grupo foi de 59%. Desta forma, o grupo torna-se uma boa iniciativa para aquele que quer cuidar da sua saúde mental e ter uma boa qualidade de vida”, explica a psicóloga Jôse Anne.