Ação engloba quatro dos 12 municípios do Maciço de Baturité e dá continuidade ao fortalecimento socioeconômico da região
Desde 2017, um extenso programa de qualificação profissional e orientação técnica vem sendo aplicado junto aos pequenos negócios dos municípios de Baturité, Guaramiranga, Mulungu e Pacoti, numa iniciativa pioneira entre as prefeituras e o SEBRAE Ceará, que, juntos, criaram mais uma ferramenta de desenvolvimento integrado e sustentável para a região, o Caminhos do Maciço. O projeto é resultado desse conjunto de ações e culmina na promoção do turismo, pretendendo ser um circuito indicativo dos serviços e atrativos turísticos de cada município participante no formato de um guia, impresso e virtual. A ferramenta será lançada no dia 27 de setembro, durante o evento FIO Maciço 2018 – Feira Integrada de Oportunidades do Maciço de Baturité, no Paço Municipal em Baturité.
Baturité, Guaramiranga, Mulungu e Pacoti serão os primeiros municípios nos quais o trabalho será desenvolvido. Todas as cidades já possuem atrativos preparados para receber e promover novas experiências aos turistas, que passam pela cultura, gastronomia, agronegócio e turismo.
O Caminhos do Maciço pretende apresentar para o público inúmeras possibilidades que a região oferece, do turismo sustentável ao fomento das indústrias criativas e desenvolvimento local sustentável, como é o caso de Aratuba, que possui um território agrícola com cerca de seis mil agricultores familiares empenhados na produção de hortaliças, legumes e frutas, e vem desenvolvendo uma linha de produtos beneficiados de acordo com princípios da sustentabilidade, visando a utilização dos excedentes na produção de produtos de valor agregado e de fácil acesso ao consumidor final. Outro exemplo é o artesanato da região, um trabalho realizado dentro dos princípios da sustentabilidade, com a utilização de matéria-prima renovável e local, reuso de material, resgate de ofícios artesanais, critérios no descarte de resíduos sólidos e agregar valores da cultura local.
“O Caminhos do Maciço, demostra a importância do trabalho em conjunto entre governanças, iniciativa privada e poder público para o desenvolvimento integrado e será um circuito indicativo dos serviços e atrativos turísticos de cada município por onde passa a Rota Verde do Café e que também estará disponível no Portal Destino Serra e num encarte ilustrativo”, explica Fabiana Gizele, articuladora do Sebrae na região do Maciço de Baturité.
Desde 2011, o SEBRAE Ceará vem desenvolvendo ações na região para fortalecer o desenvolvimento socioeconômico e sustentável dos 12 municípios que compõem o Maciço de Baturité. Além da Rota Verde do Café, criada em 2015, do Portal Destino Serra, lançado em 2017, e diversas ações pontuais, o SEBRAE Ceará, numa ação conjunta com empresários, poder público e instituições afins, implantou esta plataforma de desenvolvimento territorial, desde 2013, redescobrindo e consolidando segmentos econômicos, de forma integrada e de gestão participativa, englobando diversos setores e suas potencialidades, reorganizando espaços empresariais, focos econômicos e principalmente construindo ferramentas de atendimento estratégicos para inclusão social e sustentabilidade da Região.
BATURITÉ
Sua origem remonta ao ano de 1764, com a fundação da Vila Real de Monte Mor o Novo d’América, organizada para reunir os índios jenipapos e canindés sob um regime administrativo proposto pelo Marquês de Pombal, então primeiro-ministro de Portugal, após a expulsão dos missionários jesuítas do Brasil. Era dotada da estrutura básica de uma típica vila colonial, com casa de câmara, pelourinho e igreja matriz. Com a independência do Brasil, a vila perdeu sua arcaica denominação portuguesa passando a adotar o nome nativo da grande Serra, em cujo sopé fincou-se: Baturité, do tupi Ybitiraeté, “serra verdadeira; serra por excelência”. Em 1858, quando elevada à categoria de cidade, firmava-se como grande celeiro do Ceará. Sinônimo de fertilidade, a vasta serrania que já havia inicialmente cedido espaço para os plantios e engenhos de cana-de-açúcar em seus vales e brejos úmidos, foi território privilegiado para o cultivo do café, por seu clima e solo favoráveis, sendo sua qualidade considerada uma das melhores do mundo, ainda no século XIX. O sentimento religioso e a herança jesuítica marca profundamente a história da cidade.
DADOS IMPORTANTES
Altitude | 171,2 M
Fundação | 1763
Clima | Tropical Quente Sub-úmido 26° a 28°
Vizinhos próximos | Aracoiaba, Redenção, Guaramiranga, Pacoti
Distância da Capital | Fortaleza – 79 Km
Território | 308,6 k²
Gentílico | Baturiteense
INTEGRANTES – Hotel Fazenda Repouso das Águas, Fábrica de Cerveja Artesanal Fabeer, Igreja Cristo Rei, Museu Ferroviário de Baturité, Igreja de Santa Luzia, Museu Comendador Ananias Arruda, Igreja Matriz Nossa Senhora da Palma, Via Sacra Pública de Baturité e Imagem de N. Sra. de Fátima, Ecomuseu da Serra do Evaristo, Cruzeiro, Mosteiro dos Jesuítas, Cachoeira Santa Edwiges/Parque das Cachoeiras/ Camping Lua Azul, Cachoeira do Perigo/Recanto das Cachoeiras e Parque Rodeio.
GUARAMIRANGA
O menor município cearense em área territorial é, talvez, um dos mais conhecidos e famosos destinos. É que Guaramiranga, do tupi “Pássaro Vermelho”, tornou-se a cidade das flores e dos festivais, sediando o polo turístico da Serra de Baturité. Sua história confunde-se com o primeiro ciclo do café no século XIX. Originada no Sítio Conceição, tornou-se vila em 1890 compondo autonomia política e adotando o nome Guaramiranga, denominação do sítio homônimo até hoje existente. Após seguidas supressões e restaurações, Guaramiranga garantiu sua emancipação definitiva somente a 22 de setembro de 1957. A partir dos Caminhos do Maciço, Guaramiranga ofertará novas possibilidades para os visitantes através das mais variadas atividades culturais e imersão na natureza, como observação de aves e trilhas de bike, reavivando desta forma novas experiências.
DADOS IMPORTANTES
Altitude | 865,24 M
Fundação | 1890
Clima | Tropical úmido 24º a 26º
Vizinhos próximos | Mulungu, Baturité, Pacoti
Distância da Capital | Fortaleza – 117 Km
Território | 59,4 km²
Gentílico | guaramiranguense
MULUNGU
A origem de Mulungu, traz o nome das frondosas árvores serranas que, segundo reza a tradição local, trouxeram sombra acolhedora aos sertanejos, comboieiros e seus descendentes que primeiro habitaram a povoação no alto da Serra de Baturité. Como lugar de passagem, entreposta ao velho caminho para os sertões de Canindé, detém belas paisagens e mirantes em suas quebradas e ladeiras íngremes, por onde outrora subiram antigas famílias do sertão. Não à toa, Mulungu foi palco da primeira experiência de cultivo de café na região: por volta de 1824, o coronel Manuel Felipe Castelo Branco plantou exemplares da preciosa rubiácea em seu Sítio Correntes, hoje Bagaço. Buscando vencer os desafios do presente, dentre eles o da preservação ambiental e de uma economia sustentável, permanece sendo o maior produtor de café de sombra da Serra, assim como vem buscando estruturar seu parque de serviços turísticos, com bons restaurantes e hotéis.
DADOS IMPORTANTES
Altitude | 800 metros
Fundação | 31/12/1969
Clima | Ameno, em torno de 24 o
Vizinhos próximos | Guaramiranga e Aratuba
Distância da Capital | Fortaleza – 117 Km
Território | 134,6 km²
Gentílico | mulunguense
INTEGRANTES – Pousada Le Rêve, Sítio Nova Holanda, Sítio São Roque, Santa Demolição, Igreja e Escadaria São Sebastião, La Dolce Vita – Pousada e Restaurante, Hotel e Restaurante Akhetaton – O Alemão e Espaço Akhetaton.
PACOTI
Uma cidade que respira história, inserida em um ambiente serrano com clima ameno e que ainda conserva uma vida simples de cidade de interior, também conhecida como a “Princesinha da Serra”. Sua origem se deu a partir do Sítio Pendência que produzia cana de açúcar e café, se tornou povoado na segunda metade do século XIX e se emancipou em 1890, recebendo o mesmo nome do importante Rio que cruza atualmente a cidade, Pacoti. Os Caminhos de Pacoti são convidativos e possibilitam conhecer a sua história numa caminhada tranquila e agradável, onde o visitante é envolvido pela doce lembrança do passado e que ainda estão presentes nos diversos atrativos. A herança colonial está na configuração dos prédios públicos que se encontram na Praça Central, herdeira do espaço onde se desenvolveu o agitado comércio popular a partir feira, que hoje leva os produtos para serem comercializados no Mercado Público, repleto de texturas, sabores, cores e aromas da gastronomia típica local (guisados, panelas, buchadas doces e hortifrutíferos).
DADOS IMPORTANTES
Altitude | 736,13 m
Fundação | 1890
Clima | Ameno, média de 24 o
Vizinhos próximos | Palmácia, Redenção, Guaramiranga
Distância da Capital | Fortaleza – 114 Km
Território | 112 Km²
Gentílico | pacotiense
INTEGRANTES – Capela de Jesus Crucificado e Cenotáfio de Donaninha Arruda, Sítio Olho D´Água, Vila Gastronômica, Chalé Nosso Sítio, Instituto Maria Imaculada, Santuário de Nossa Senhora do Globo, Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, Ecomuseu de Pacoti, Casa do Artesão, Polo de Lazer Senador Carlos Jereissati, Artista Lucivaldo, Sítio São Luís, Hotel Fazenda Portal da Montanha.
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