De outubro de 2017 a setembro deste ano, o programa Viver Bem, do Hapvida Saúde, atendeu quase 5 mil pacientes
Viver com diabetes não deve ser um empecilho, pois é possível ter uma vida saudável e com qualidade, seguindo as orientações de saúde, modificando a dieta e acrescentando atividade física. Ter uma rede de apoio, que acolha em todos os momentos da vida, é fundamental para quem tem um problema de saúde seja de apresentação aguda ou crônica. Nessa busca por mais qualidade de vida, o Hapvida lançou, no dia 6 de novembro de 2017, o programa Viver Bem com foco em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, mas os trabalhos de mapeamento e atendimento começaram um mês antes. Um ano depois, o programa contabiliza quase 5 mil pacientes atendidos e mais de 17 mil consultas realizadas.
Segundo Dr. Jaime Daniel Escallon Gaviria, Diretor de Inteligência em Saúde do Hapvida, a prevenção ainda é uma grande aliada para pessoas com ou sem diabetes. “É importante ressaltar que o autocuidado é uma das principais práticas para evitar doenças e complicações de patologias já existentes. Com o Viver Bem, a operadora atua fortemente no cuidado das pessoas com diabetes para que elas possam ter mais qualidade de vida”, destaca.
De acordo com o coordenador corporativo de Inteligência e Saúde do Hapvida, Dr. Ricardo Bezerra Walraven, os altos índices de pacientes com diabetes, além de ser uma preocupação no ponto de vista da saúde, representam ainda um grande impacto para as redes públicas e privadas de atenção à saúde, com crescentes custos para tratar não apenas a doença, mas, sobretudo, suas complicações. A diabetes é uma doença crônica, que pode ser controlada, mas, quando isso não acontece, traz repercussões na saúde dos pacientes, aumentando o número de complicações, como infartos cardíacos, doenças renais crônicas, amputações, cegueira. Tudo isso significa uma deterioração da qualidade de vida dos pacientes, além de aumento dos custos com saúde para os pacientes e para os sistemas de saúde. “Desta forma, o Hapvida, como operadora que visa sempre o melhor para seus pacientes, enxergou a necessidade de atuação na prevenção das complicações que o diabetes pode trazer através da criação do Programa Viver Bem”, reforça.
Entre os milhares de pacientes atendidos pelo Viver Bem, André Luis Oliveira Falcão é um dos que já percebem os resultados do programa. Apesar de ter descoberto que tinha diabetes por volta dos 30 anos, André só começou a tratar a doença há cinco meses, já aos 48 anos. Ele possui um quadro de diabetes que vinha provocando tonturas e ganho sistemático de peso. Na primeira consulta com o médico, ele estava com diabetes com risco elevado, segundo os níveis de glicemia (332 mg/dl) e pesando 85,700 kg.
Apesar da taxa de glicemia elevada, o que já o habilitaria a fazer o tratamento com o uso de insulina, o médico preferiu fazer o tratamento, inicialmente, com fármacos orais e encaminhou para uma nutricionista do programa, que prescreveu uma dieta para diminuir o peso e atingir as metas glicêmicas. Além disso, André vem conciliando o tratamento com a prática regular de atividade física. E os esforços já estão trazendo resultados. Atualmente, com o acompanhamento do programa Viver Bem, André está pesando 83,500 kg e a glicemia está com valores normais. André relata que a diferença na qualidade de vida já é percebida no seu dia a dia. “Tem sido muito bom participar do Viver Bem, pois hoje me sinto bem menos cansado, as tonturas desapareceram e estou dormindo muito melhor”, avalia.
Assim como André, Dona Luiza de Marilaque Bezerra Coelho, de 68 anos, também tem sentido no dia a dia a melhora na sua qualidade de vida depois de iniciar no programa Viver Bem. Ela descobriu a diabetes aos 44 anos e há seis meses, iniciou no programa e disse estar gostando bastante do atendimento e dos profissionais. Quando começou, sua glicemia estava bem alta, e ela sentia muita tontura e mal-estar. Antes do programa, ela assume que não conseguia aceitar uma dieta mais restritiva, mas os profissionais do Viver Bem a ajudaram a se conscientizar da importância da mudança dos hábitos alimentares para o tratamento. Hoje ela já conseguiu eliminar o pão, biscoitos e doces da dieta, o que foi fundamental para que atualmente a glicemia dela esteja controlada. Junto com a dieta, D. Luiza faz uso de insulina, outros medicamentos e vitaminas, além de fazer hidroterapia, como suporte de atividade física, que ela já pratica há quatro anos. “Hoje me sinto muito melhor, não tenho tido mais as tonturas, nem o mal-estar constantes que tinha antes”, comemora.
Como funciona o Viver Bem
O programa funciona a partir da captação ativa de pacientes com exames alterados que indiquem que ele seja portador de diabetes mellitus tipo 2. A central de captação liga para o paciente e o convida a fazer parte do programa, marcando consulta com uma das equipes de saúde composta por médicos especialistas em Medicina da Família, Enfermeira e Nutricionista. São selecionados os pacientes Hapvida maiores de 18 anos, inicialmente residentes em Fortaleza e região metropolitana, que tenham exame de Glicemia de jejum acima de 126mg/dL, Glicemia pós-prandial acima de 200mg/dL ou Hemoglobina Glicada acima de 6,5%.
A consulta inicial ou consulta de acolhimento ocorre com enfermeira e médico do programa. A enfermeira faz anamnese do paciente, coleta história pessoal e familiar e faz exame físico com atenção especial ao exame neurológico dos pés, visto que uma das complicações do paciente com diabetes é a perda de sensibilidade dos pés, que pode até levar à necessidade de amputações. Após consulta com enfermeira, o paciente é direcionado para atendimento com médico que fará atendimento dirigido ao tratamento do diabetes e doenças associadas, como a Hipertensão Arterial e a Dislipidemia. Todas as consultas com enfermeira e médico têm um tempo adequado para que o profissional possa ouvir as demandas e entender as particularidades de cada paciente, e assim instituir terapia farmacológica e de mudança do estilo de vida apropriadas.
O Viver Bem conta ainda com uma equipe de nutricionistas exclusivos do programa, com experiência no atendimento ao paciente com diabetes. Além disso, os pacientes têm acesso ao programa +1K de assessoria esportiva do Hapvida que conta com profissional de Educação Física com turmas para pacientes do Viver Bem, em núcleos localizados em vários locais da cidade de Fortaleza.
Desta forma, o Viver Bem aborda os três principais pilares do tratamento do paciente: alimentação saudável com consumo adequado de carboidratos; exercícios físicos aeróbicos regulares; e terapia medicamentosa eficaz e de fácil acesso.
Números do programa
Período: outubro de 2017 a setembro de 2018
· 4.898 pacientes atendidos no Programa Viver Bem em Fortaleza
· 17.285 consultas realizadas com médicos e enfermeiras
· 10.939 atendimentos apenas com profissionais médicos
· 17,3% pacientes com idades maiores de 65 anos
· 3,0% pacientes com idades entre 18 e 30 anos
· 12,4% pacientes com idades entre 31 e 40 anos
· 25,9% pacientes com idades entre 41 e 50 anos
· 41,4% pacientes com idades entre 51 e 64 anos
· 26,08% dos participantes de programa conseguiram controlar os níveis de glicemia.
· 58,06% dos participantes com mais de uma evolução no nível de risco
· 70 internações, no mínimo, foram evitadas
· 98.7% dos pacientes passaram por avaliação dos pés. Só 7,34% dos pacientes relatam terem realizado avaliação dos pés antes de iniciar o programa
· 100% dos pacientes avaliados tiveram monitoramento de risco de doença renal crônica
Diabetes
O Diabetes Mellitus é uma doença crônica não transmissível (DCNT), transtorno metabólico de etiologias heterogêneas, que requer muito da atenção do cuidador diante de sua magnitude e características: patologia de longa duração que demanda intensa atuação dos serviços da rede de apoio, profissionais, cuidadores e familiares.
Segundo a pesquisa Global Report on Diabetes, divulgada em 2016 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 16 milhões de brasileiros adultos (o equivalente a 8,1% da população) sofrem de diabetes, doença que responsável pela morte de 72 mil pessoas por ano no país. De acordo com o estudo, o diabetes atinge mais as mulheres (8,8%) do que os homens (7,4%). A mesma pesquisa aponta ainda que, entre 1980 e 2014, a prevalência do diabetes no mundo praticamente duplicou, assim como o aumento dos fatores de risco associados à doença, como a obesidade e o sedentarismo.
Estudo feito no Reino Unido (UKPDS) descreve que para cada 1% de redução da Hemoglobina Glicada média, o risco de o paciente sofrer com alguma doença microvascular cai em 37%, o risco de ter qualquer complicação relacionada ao diabetes reduz em 21% e o risco de óbito relacionado ao diabetes também diminui em 21%. Além disso, as chances de o paciente ter um infarto do miocárdio fatal e não fatal caem 14% e o risco de amputação ou óbito por doença vascular periférica reduz em 43%.
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