Os contribuintes do Ceará já pagaram mais de R$ 5,2 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais apenas nos primeiros 36 dias de 2019. O montante, observado entre 1º de janeiro de 2019 e 5 de fevereiro deste ano, já é 6,1% maior que o verificado em igual período de 2018 (R$ 4,9 bilhões), segundo o Impostômetro, ferramenta criada pela Associação Comercial de São Paulo que acompanha o volume de tributos pagos em todo o País.
No Brasil, a arrecadação de impostos já supera R$ 286,8 bilhões em 2019, um aumento de 5,2% em relação a igual intervalo de tempo do ano passado (R$ 272,5 bilhões). Segundo os cálculos do Impostômetro, com esse valor, seria possível comprar 794.934 unidades do carro BMW M2 2.0, comprar 659.656.423 cestas básicas ou receber 50 salários mínimos por mês durante 510.385 anos.
“A tributação no Brasil claramente é alta. Precisamos, antes de tudo, simplificar. Para mim, mais importante do que reduzir carga tributária é simplificar a tributação, pois a gente gasta muito dinheiro recolhendo impostos, atendendo obrigações acessórias etc. Precisamos, obviamente, aplicar melhor esses recursos, pois o Brasil é um país de carga tributária altíssima e serviços muito ruins”, avalia Ênio Arêa Leão, economista e sócio da Conceito Investimentos.
Conforme um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), entre os 30 países com maior tributação, o Brasil é o último colocado no Índice de Retorno e Bem-Estar Social (Irbes), que mede o retorno dos tributos para a população em termos de qualidade de vida. Em primeiro lugar, está a Austrália, seguida por Coreia do Sul e Estados Unidos.