Belchior é vivido em cena pelo ator/cantor Pablo Paleologo / Foto: Ivana Mascarenhas
O espetáculo “BELCHIOR: ANO PASSADO EU MORRI, MAS ESSE ANO EU NÃO MORRO – O Musical”, que está em cartaz no RJ, em sua 3a temporada de sucesso no Rio de Janeiro, tendo sido aplaudido por quase 10.000 pessoas e será apresentado nos dias 24 e 25 de agosto/2019, no Teatro José de Alencar (Rua Liberato Barroso 525, Praça José de Alencar, Centro, Fortaleza – 3101-2583), com apresentações neste sábado e domingo 19h e preços populares, apenas R$ 44,00 / R$ 22,00 (meia, nos casos da lei) e R$ 22,00 / R$ 11,00 (na torrinha do Theatro José de Alencar).
O espetáculo BELCHIOR: ANO PASSADO EU MORRI, MAS ESSE ANO EU NÃO MORRO – O MUSICAL, título tirado de uma das canções do homenageado (“Sujeito de Sorte”), mostra um pouco da musica, da história e dos pensamentos do cantor cearense Belchior, vivido em cena pelo ator/cantor Pablo Paleologo, a partir do personagem criado em suas canções: o ‘Cidadão Comum’, interpretado pelo ator Bruno Suzano, que representa uma larga faixa da juventude que se vê obrigada a se conformar com os padrões da sociedade, sem nunca conseguir ir atrás dos seus sonhos.
O ator Pablo Paleologo que dá vida ao Belchior comenta:
“Viver Belchior é, literalmente, uma alucinação. Como se estuda alguém tão enigmático, tão curioso, tão camaleônico? Admirava muito como compositor. Hoje admiro como pessoa. Belchior tinha o dom da palavra, como poucos tem. E, por opção, tornou-se o “desaparecido” da Música Brasileira. Trazê-lo de volta, em tempos atuais, é necessário. Poder transmitir as mensagens de suas músicas é um presente que me foi dado. É necessário lembrar que “amar e mudar as coisas” deve, de fato, ser o mais importante”.
Sobre as apresentações do espetáculo em Fortaleza ele festeja:
“Chegar com esse espetáculo à Fortaleza é chegar à Terra Prometida. Uma emoção muito grande poder levar o nosso Belchior ao berço. Nessa época tão significativa, que marca 2 anos da ausência de um dos maiores nomes da música brasileira, espero trazer um pouquinho dele de volta. Belchior sempre teve uma voz muito importante, sempre falou, sem receios, sobre o que precisava ser dito. E é preciso continuar dizendo, continuar espalhando a sua mensagem pelo mundo afora. Tenho a impressão de que o Nordeste entendeu mais a filosofia do grande poeta do que qualquer outra região do Brasil. E a minha emoção em levar o espetáculo pra lá está exatamente nessa comunhão. Para que a gente dê as mãos no amor e na mudança. Belchior, mais do que homenageado, merece ser celebrado sempre! E que lugar poderia ser melhor pra essa celebração, senão em sua terra natal e no palco do Teatro José de Alencar onde Belchior fez tanto sucesso?
Um dos organizadores do texto e diretor do espetáculo, Pedro Cadore explica: “Eu e a Cláudia Pinto (organizadora do texto, juntamente com ele) decidimos partir das palavras do homenageado e não apenas de suas músicas, mas também de suas falas em entrevistas de programas de televisão, de rádios e jornais. Fizemos uma compilação de seu discurso e suas referências criativas numa tentativa de mostrar um pouco da sua filosofia e atmosfera. O roteiro da peça se fechou quando entendemos que o personagem dentro das músicas não era um alter ego de Belchior, mas que na verdade ele estaria falando de uma larga faixa da população. Vemos então em cena não apenas a representação do cantor, mas também o personagem criado por ele: o Cidadão Comum. A vida do criador e da criatura se confundem e de alguma maneira acabamos contando um pouco de sua biografia, mas sempre dando preferência ao conteúdo de seu discurso”.
E sobre as apresentações em Fortaleza, Pedro Cadore afirma:
“Sempre me encantou a ideia do artista como um ser imortal, seja dentro de um disco, em um rolo de filme, ou apenas na lembrança das pessoas. Dia 30 de abril ficou marcado para muitos como o triste dia de partida de Belchior para outro plano espiritual. Apresentar esse show-peça em sua homenagem, em um teatro tão significativo para sua carreira, como o Theatro José de Alencar, dois anos após seu falecimento, acaba sendo uma potencialização de toda sua imortalidade. “Enquanto houver espaço, corpo, tempo e algum modo de dizer não, eu canto” como ele mesmo disse outrora. Simbolismos não faltam para deixar essas apresentações à flor da pele e mais reais que filme 3D. Oportunidade perfeita para seus fãs matarem a saudade, cantarem juntos e ter mais um gostinho desse grande gênio da música popular brasileira”.
Bruno Suzano que vive o “homem comum” destaca que “será, sem dúvida alguma, a experiência artística mais emocionante que viveu em sua vida. Essa sensação já brota a cada apresentação. Mas acredito que fazer Belchior no palco do Theatro José de Alencar, certamente será o ápice pra todos nós. Estamos todos bastante animados com essa possibilidade de apresentarmos nosso Belchior na terra do homenageado…
O produtor nacional do projeto, João Luiz Azevedo acredita muito no sucesso do espetáculo no Theatro José Alencar por saber que foi nele, em março/ 1979, o palco do evento Massafeira Livre, que reuniu mais de 400 artistas, entre músicos, poetas, atores, dançarinos, artistas plásticos, poetas, atores, fotógrafos, cineastas em apresentar suas manifestações artísticas autorais e gerou um álbum duplo de grande repercussão. Alguns deles já eram conhecidos, mas esse evento foi o “marco” da geração do pessoal do Ceará (BELCHIOR, Fagner, Ednardo, Rodger Rogério entre outros).
Com 15 músicas – ‘Alucinação’, ‘Apenas Um Rapaz Latino Americano’, ‘A Palo Seco’, ‘Na Hora do Almoço’, ‘Todo Sujo de Batom’, ‘Coração Selvagem’, ‘Medo de Avião’, ‘Mucuripe’ (de Belchior e Raimundo Fagner), ‘Conheço o Meu Lugar’, ‘Como Nossos Pais’, ‘Populus’, ‘Paralelas’, ‘Velha Roupa Colorida’, ‘Sujeito de Sorte’ e ‘Galos, Noites e Quintais’ – interpretadas por uma banda formada pelos músicos Cacá Franklin (percussão),Dudu Dias (baixo), Emília B. Rodrigues (bateria), Nelsinho Freitas (teclado), Rico Farias (violão/guitarra) liderados pelo diretor musical Pedro Nêgo, e uma organização de textos, retirados de entrevistas do próprio Belchior, pela pesquisadora Claudia Pinto e o, também diretor, Pedro Cadore.
BELCHIOR: ANO PASSADO EU MORRI, MAS ESSE ANO EU NÃO MORRO marca o resgate de Antonio Carlos Belchior, trazendo a tona seu discurso ainda atual em relação a política brasileira. Belchior acreditava na força do amor e na potência transformadora da arte na vida das pessoas. Diante de um cenário repleto de medo e inseguranças sobre o futuro do país, a voz desse belíssimo poeta se faz necessária para pensarmos um mundo igualitário. Mais do que sua biografia, a peça pretende mostrar ao espectador a filosofia de um dos ícones mais misteriosos da Música Popular Brasileira.
Na primeira temporada, no Teatro João Caetano, os filhos do homenageado, Camila e Mikael Henman Belchior assistiram ao espetáculo e comentaram o quão emocionante foi a experiência:
“Nos emocionamos em ver uma produção sobre a obra do nosso pai tão alinhada com a proposta artística dele. O foco nas palavras de Belchior, tanto de músicas quanto de entrevistas, enaltece o compromisso do espetáculo com a filosofia do artista. Desejamos vida longa ao musical “Ano Passado Eu Morri, Mas Este Ano Eu Não Morro” e que ele alcance o Brasil inteiro. Parabéns a todos pelo lindo trabalho e empenho, que tenha sido a primeira temporada de muitas por vir!”
O artista…
O espetáculo mostra um pouco da vida, da obra e dos pensamentos de Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes. Como gostava de ironizar, “um dos maiores nomes da música popular”. Mais conhecido como Belchior, o cantor e compositor que nasceu no dia 26 de outubro/1946, em Sobral, norte do Ceará e faleceu, aos 70 anos, no dia 30 de abril/2017, em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul.
Belchior, no início da década de 70 veio para o eixo Rio-São Paulo tentar emplacar suas canções em festivais de música.
Seu sucesso inicial aconteceu quando a cantora Elis Regina interpretou duas de suas músicas no espetáculo Falso Brilhante: ‘Velha Roupa Colorida’ e ‘Como Nossos Pais’. Logo depois, estourou com ‘Apenas um Rapaz Latino Americano’, ‘Alucinação’, ‘Paralelas’ e ‘Galos Noites e Quintais’…
Seus últimos dez anos de vida foram de quase total silêncio, com raras notícias, entrevistas ou shows. Diante de tal isolamento, seu nome acabou saindo dos grandes holofotes, porém neste momento político do país, sua voz se faz necessária, afinal… “amar e mudar as coisas interessa mais.”
A produção geral, assessoria de imprensa e marketing são comandadas por João Luiz Azevedo em mais uma realização de sua produtora Boca Fechada Promoções e Produções Artísticas e Culturais.
FICHA TÉCNICA:
“BELCHIOR: ANO PASSADO EU MORRI, MAS ESSE ANO EU NÃO MORRO – O Musical”
Organização de Textos: CLÁUDIA PINTO E PEDRO CADORE
Direção: PEDRO CADORE
Atores: PABLO PALEOLOGO e BRUNO SUZANO
Músicos: DUDU DIAS (baixo), EMILIA B. RODRIGUES (bateria), NELSINHO FREITAS (teclado) e RICO FARIAS (violão/guitarra),
Direção Musical: PEDRO NÊGO
Diretor de Arte e Cenografia: JOSÉ DIAS
Iluminação: RODRIGO BELAY
Visagismo: BETO CARRAMANHOS
Produção Geral, Assessoria de Imprensa e Marketing: JOÃO LUIZ AZEVEDO.
Local: Teatro José de Alencar
Rua Liberato Barroso, 525, Praça José de Alencar, Centro – Fortaleza – Ceará
Tel. (85) 3101-2583
Dias 24 e 25 de Agosto/2019
Sábado e Domingo 19h
Preço dos ingressos: R$ 44,00 / R$ 22,00 (meia) e R$ 22,00 / R$ 11,00 (meia na Torrinha do Theatro José de Alencar).
Venda de ingressos na bilheteria do Teatro José de Alencar e site e pontos de vendas de ingressos da Bilheteria Virtual.
Classificação indicativa: recomendado para maiores de 12 anos
Tempo de Duração: 70 min.
Produção: Boca Fechada Produções Artísticas.