De 04 a 11 de novembro, a cantora Bruna Ene estará em turnê internacional. Ela desembarca em Portugal levantando a bandeira da musicalidade contemporânea cearense. A turnê faz parte do ciclo de agenciamento da produtora local WM Cultural, que promove festivais culturais e artistas em nosso Ceará.
Bruna apresenta o show de seu EP lançado este ano e que tem circulado pelo estado, inclusive em alguns festivais como o Festival de Dança do Litoral Oeste e Ecléticos Livre Festival.
E para quem quiser conferir o trabalho de Bruna Ene, o EP está disponível em todas as plataformas digitais, já tendo vários de seus clipes lançados no YouTube.
O EP faixa a faixa, por Bruna Ene
“Só “– Eu compus num momento em que estava exatamente como narra a música. Depois de algumas desilusões amorosas, passei a me dar o tempo necessário para me conhecer melhor e conviver com a solidão de maneira leve e divertida. Eu realmente viajei só, planejei só… e isso foi libertador pra mim.
“Amar à toa” – Veio num daqueles momentos românticos que eu nunca deixei de ter, onde a esperança de finalmente encontrar alguém que lhe “cure” alguns traumas reaparece.
Clipe: https://www.youtube.com/watch?v=_zuFh2ADJGo&list=PL0aOm1Fo3HYVaocOnAvF9y885x-opw6qL&index=2
“Eu pensei que era amor” – É mais uma música autobiográfica, de um momento em que eu me perguntava se tinha mesmo sentimento, já que não sofria realmente com os términos que me ocorreram. A referência do brega vem justamente da minha tentativa de sofrer da maneira mais clichê e acabar me divertindo.
“Trinta” – É mais uma música autobiográfica, mas com alguns exageros típicos do meu estilo de escrever. As referências da música me descrevem realmente.
“Once” – É uma das minhas composições em inglês, que vem desmontar as minhas certezas nas músicas como “só” e “eu pensei que era amor”. Fala das vezes que eu queimei minha língua. A gravação foi feita num apartamento alugado em Berlim durante uma viagem e conta com a participação de um violoncelista português que eu conheci lá.
Clipe: https://www.youtube.com/watch?v=F7_sxBeLnak
Biografia de Bruna Ene
Eu sempre fui a criança que pedia o microfone pra cantar, cantava nos casamentos e aniversários de parentes, mas só quando entrei na Academia Maria Ester de leitura e escrita (AME), quando estava no Ensino Médio, comecei a estruturar minhas composições e a cantar na banda autoral do colégio, onde chegamos a nos apresentar no centro de convenções e em vários eventos literários. Em seguida, entrei numa banda chamada LongNeck, de pop rock, e nos tornamos a banda residente da Mykonos, antiga boate do iate clube de Fortaleza.
Cerca de três anos depois, comecei a tocar na banda Retroativa, que hoje é a Reite, e nos apresentávamos nas melhores casas da cidade e também abríamos grandes shows, como do Jota Quest, Biquíni Cavadão e Kid Abelha.
Aos 22 anos tive minha filha Nina e dei um tempo na carreira, mas nunca deixei de pedir palhinha nos bares e restaurantes, o que me fez conhecer excelentes músicos e iniciar mais um projeto, que dessa vez levava meu nome, com o grande guitarrista Rafael Magoo, chegando a ganhar uma competição musical da TV diário. Através da parceria com meu fiel amigo Alex Ramon, continuei atuando na música, mas de maneira despretensiosa e como hobby.
Em 2018 tive uma grande perda na família e logo em seguida fiz uma longa viagem sozinha pela Europa, o que me fez pensar muito nos rumos que eu queria pra minha vida e voltar decidida a investir na carreira autoral.
Eu sou de uma família muito eclética e ter sido apresentada a vários estilos se reflete muito nas minhas composições e estilo. Do brega à música clássica, eu sempre estava ouvindo alguma coisa. Ter sido estimulada poeticamente também influenciou bastante no meu processo criativo e a maior parte das minhas composições nasceu na forma de poesia.