Enquanto o uso do delivery por telefone caiu de 77% para 65%, em 2018, a utilização de aplicativos mobile subiu de 14% para 23% no mesmo período. Para o público consumidor, eles são sinônimo de praticidade e comodidade, já para os empresários que aderem ao tipo de plataforma como mais um canal de venda, significam incremento nos lucros, agilidade nos processos e aumento da satisfação dos clientes.
Em destaque, o setor de delivery de alimentos no Brasil, que representa um dos maiores índices de crescimento no mundo. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), sozinho, esse mercado movimentou R$ 11 bilhões em 2018. O crescimento do número de pedidos via aplicativo gira em torno de R$ 1 bilhão a cada mês.
Sucesso intimamente ligado à tecnologia
Não há como não creditar todo esse sucesso à tecnologia. O Panorama do Comércio Móvel no Brasil mostra que 85% dos brasileiros que possuem um smartphone compram online. A possibilidade de escolher restaurantes, tipos de prato, prever o tempo de entrega, usar de cupons de desconto e efetuar o pagamento pelo próprio aplicativo, tudo isso a um clique de distância, são algumas das funcionalidades que mais atraem os consumidores.
O iFood, pioneiro a operar no Brasil, continua sendo o líder no segmento do País, mas a cada ano vê a concorrência multiplicar exponencialmente. Rappi, Uber Eats, James, MoblyBoy, VaiMoto, 99 Motos, EasyDeliver são algumas das opções disponíveis no mercado e que entraram na disputa pelos estômagos brasileiros.
Vanessa Cavalcante, sócia-proprietária do Imprensa Café, restaurante localizado no Dionísio Torres, em Fortaleza, resolveu apostar no delivery por aplicativos desde o ano passado e calcula um aumento de 30% no número de pedidos com relação ao período anterior. Ela enxerga uma possibilidade ainda maior de crescimento. A empresária paga uma taxa que varia de 20 a 25% sobre os pedidos para o serviço de delivery, mas acredita que ainda assim o investimento vale a pena. “É um impacto muito positivo porque passamos a atender dois públicos: local e online, sem aumento de custo e despesas de infraestrutura. Além disso, os aplicativos acabam se tornando mais um canal de marketing”, pontua.
Atualmente, o restaurante está presente em duas das plataformas: iFood e James. Segundo Vanessa, para driblar a concorrência com outros estabelecimentos dentro dos aplicativos a estratégia é buscar diferenciais. “Não basta estar no app, é preciso conquistar o público e procurar passar sempre a melhor impressão e surpreender positivamente, com entrega dentro ou antes do prazo previsto, apostar numa embalagem resistente e caprichada, estar atento a todas as especificações do pedido. São os detalhes que fazem a diferença”, acrescenta.