Depois de mais de 50 horas de competição, o Global Legal Hackathon (GHL) 2020 premiou no último domingo, 08 de março, em Fortaleza, as três ideias mais inovadoras para a Justiça. A Procuradoria-Geral do Estado do Ceará (PGE-CE), representada pela procuradora Caroline Gondim, que atuou como mentora apresentando desafios da PGE na área da saúde e orientando a elaboração de projetos, foram os vencedores dos 1º, 3º lugares e Prêmio Resiliência.
Os três projetos mentorados pela procuradora se referem a desafios na área da saúde. O projeto vencedor teve como solução a criação de uma plataforma para informação e transparência no Sistema Único de Saúde (SUS). O terceiro colocado e o vencedor do prêmio resiliência criaram um sistema para automatização de peças processuais consultando informações técnicas disponíveis nos sites oficiais sobre medicamentos ofertados no sistema de saúde. O objetivo foi desenvolver soluções para problemas de acesso à Justiça e democratização do Direito.
Ao todo, participaram 100 pessoas divididas em 13 equipes, que desde sexta-feira, 06, desenvolvendo do zero propostas de soluções com impacto social. Os participantes tiveram 58 horas para desenvolver soluções minimamente estruturadas a quatro desafios propostos.
Os projetos desenvolvidos ao longo do fim de semana passaram por avaliação dos jurados e foram escolhidos três vencedores, que receberam prêmios de R$ 4 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil. O primeiro colocado também terá a oportunidade de participar da semifinal da maratona, concorrendo com vencedores de outras cidades do mundo virtualmente. Destes, ainda serão escolhidas doze equipes para irem à grande final, em Londres.
O GHL, promovido pela Escola de Direito e Inovação (Muvon), teve o objetivo de resolver problemas práticos e gerar mais agilidade a determinados processos jurídicos. O evento, realizado simultaneamente em outras 57 cidades, sendo onze delas no Brasil, aconteceu pela primeira vez em Fortaleza.
O que é o Global Legal Hackathon?
O Global Legal Hackathon é uma maratona mundial de programação e criação de soluções para melhorar o acesso à Justiça no mundo. Esta iniciativa internacional busca engajar faculdades, escritórios, empreendedores, empresas de tecnologia, governo, prestadores de serviços e outros atores do ecossistema da Justiça no desenvolvimento rápido de soluções inovadoras, incrementais ou revolucionárias, que impactem positivamente este segmento.
Como funciona?
Todos os participantes ficam reunidos na maratona global simultânea durante todo o final de semana. O evento acontece em três etapas: a etapa local que ocorre em cada cidade-sede pelo mundo simultaneamente, a semifinal internacional que é disputada pelos primeiros colocados de cada cidade-sede de forma virtual e a etapa final internacional que ocorrerá em Londres e será disputada pelos melhores projetos selecionados na semifinal internacional. Vale lembrar que na etapa local os participantes estarão reunidos durante todo o final de semana e devem levar os devidos objetos de uso pessoal e saco de dormir, a alimentação (e a animação) fica por conta do evento.