Caracterizada pelo crescimento descontrolado das células no organismo, o câncer pode ter várias causas, como a ativação de genes causadores de tumores. O tratamento quimioterápico sempre foi visto como a melhor opção para os pacientes, no entanto, o patologista Fábio Távora, diretor do Laboratório Argos, revela que novas técnicas podem auxiliar os pacientes de maneira rápida e menos invasiva.
“O desenvolvimento de ferramentas e tratamentos de diagnóstico utilizando uma abordagem biológica molecular permite o uso de testes sensíveis, de baixo custo e não invasivos para pacientes com câncer”, explica Fábio. De acordo com o médico, isso acontece porque os biomarcadores (indicadores do estado de doença) conseguem prever a resposta dos pacientes com câncer ao tratamento, e assim, definir a terapia mais eficaz e que reduza os efeitos prejudiciais aos pacientes.
A terapia direcionada pode aumentar o tempo de sobrevida dos pacientes com tumores. Exemplo disso é a terapia que inibe tumores com alterações genéticas específicas como a mutação do gene EGFR no câncer de pulmão, um tratamento mais vantajoso quando comparado com a quimioterapia convencional e tem possibilitado ganhos consideráveis em tempo de progressão da doença.
“Cada terapia deve ser criteriosamente selecionada, por isso os exames são tão importantes. No Argos, temos uma tecnologia que permite exames moleculares precisos e sensíveis, liberados em 48h. Esse curto espaço de tempo permite que o médico decida de forma rápida qual o melhor tratamento para o paciente”, explica o especialista.
Como funciona o exame para detectar qual o melhor tipo de tratamento?
Os patologistas do laboratório Argos identificam áreas na biópsia que contém maior densidade de células tumorais e usam técnicas de quantificação e identificação de proteínas específicas, bem como outras que amplificam o DNA do tumor. “É como se os patologistas conseguissem não apenas nomear o tumor, mas também identificar seu RG, CPF e título de eleitor, dando aos oncologistas mais informações para escolher as melhores terapias”, explica o dr. Fábio Távora.