A Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp) recebeu nesta quinta-feira (20) uma apresentação do Projeto da Planta de Hidrogênio Verde da Fortescue. A companhia mostrou as diretrizes gerais da planta, bem como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). A Fortescue foi representada por Sebastián Delgui, Gerente Regional de Assuntos Governamentais na América Latina, Luis Viga, Country Manager no Brasil, e Hugo Diogo, Gerente de Comunidades na América Latina.
O presidente da Aecipp, Eduardo Amaral, ressaltou o papel da associação para o desenvolvimento econômico do Ceará. “Sabemos que somos um motor de desenvolvimento econômico do Ceará. É uma honra ter associados e dirigentes aqui presentes dispostos a colaborar e estabelecer parcerias sustentáveis. A inteligência aportada aqui faz e fará diferença para o nosso Estado e o Brasil”.
O gerente Regional de Assuntos Governamentais da Fortescue na América Latina, Sebastián Delgui, destacou a boa receptividade que a companhia tem recebido no Estado, tanto de entes privados quanto públicos. “Estamos orgulhosos de estar aqui e consideramos importante destacar o suporte de todos para esse projeto que fará a diferença para o Ceará e o Brasil.
Já o Country Manager da Fortescue no Brasil, Luis Viga, ressaltou o potencial brasileiro para liderar o mercado de hidrogênio verde. “Visitamos mais de 100 países para entender todo o potencial dessa nova indústria. Consideramos o hidrogênio verde uma nova industrialização e enxergamos aqui clientes, parceiros e fornecedores reunidos em prol desse novo mercado”.
Viga lembrou ainda o pioneirismo do Ceará nas energias eólica e solar – fundamentais para a produção do hidrogênio verde. A sociedade do Porto do Pecém com Roterdã também representa um diferencial para o Estado, visto os esforços do continente europeu em acelerar a transição energética.
A planta da Fortescue estará na Zona de Processamento de Exportações 2 (ZPE 2) e será construída em três fases. A primeira e segunda terão capacidade de geração de 1200 Mw, já a terceira fase conseguirá gerar 900 Mw. A expectativa é que sejam gerados 5000 empregos no pico da construção da planta, com prioridade para a mão de obra local. A intenção da Fortescue também é contratar fornecedores locais. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) foi iniciado em maio e será apresentado em audiência pública no início do mês de agosto.