Dirigentes do setor enxergam distensão e querem ajudar na recuperação do emprego e da renda
Empresários e dirigentes da construção civil avaliam ter sido estancado o processo de deterioração da economia brasileira e defendem um avanço mais rápido na adoção de medidas que recuperem a confiança do empreendedor e melhorem o ambiente de negócios no país. “O Brasil hoje é um doente terminal que estabilizou na UTI. Agora, precisa sair de lá”, diz José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). “Esse é o momento de construirmos uma arrancada e reanimar a economia. A construção civil tem grande contribuição a dar, pois é um setor que responde rápido na geração de emprego e renda”.
É com essa expectativa que será realizado o Encontro com a Construção Civil – Unindo forças para construir o futuro do Brasil, evento em que vai reunir na capital federal dirigentes de 98 entidades, empresários e representantes de todos os segmentos da construção civil (construtoras, mercado imobiliário, fabricantes de material de construção, lojistas, projetistas, arquitetos, engenheiro e outros) para demonstrar ao presidente interino, Michel Temer, a importância do setor para o desenvolvimento nacional e dar apoio às ações necessárias à retomada do crescimento e ao restabelecimento de um ambiente de normalidade no país.
O encontro está marcado para amanhã (11/08), às 11h, no Palácio do Planalto. Estão confirmadas as presenças de cerca de 800 pessoas, entre elas, uma comitiva do Sinduscon-CE, liderada pelo presidente André Montenegro de Holanda, acompanhado por seus vice-presidentes e diretores. “Queremos ouvir as propostas do setor para a retomada do crescimento”, destaca Montenegro.
A recuperação da economia brasileira, em um ciclo sustentável, tem sido debatida por empresários e dirigentes da construção civil. A agenda proposta pelo setor inclui a aprovação de reformas estruturantes, com a modernização da Previdência e da legislação trabalhista; e a adoção de mecanismos para o melhor controle dos gastos públicos. “A criação do teto, proposta pelo governo, será de grande importância para restabelecer a confiança do investidor”, diz Martins.
A construção civil também espera por medidas que levem à retomada do investimento, entre elas o aperfeiçoamento da modelagem e maior celeridade nos projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPP), de modo que mais empresas possam participar das licitações e outros segmentos sejam agregados. “Na medida em que o governo não terá recursos para investir, a iniciativa privada pode desempenhar papel importante na recuperação do investimento”, diz o presidente da CBIC.
MARQUE NA AGENDA:
Encontro com a Construção Civil – Unindo forças para construir o futuro do Brasil
Data: 11/08/2016
Local: Palácio do Planalto – Brasília-DF
Horário: 11h