No próximo sábado (1º/10) comemoramos o Dia do Idoso. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 20,5 milhões de pessoas no País possuem mais de 60 anos. Segundo dados do IBGE de 2015, nos próximos 20 anos, a população idosa do Brasil poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas e deverá representar quase 13% da população ao final deste período. Diante desse cenário, e da mudança no perfil do idoso, eles cada vez mais estão em busca de longevidade e qualidade de vida. A coordenadora dos Cursos de Educação Física e Enfermagem da DeVry | Fanor, Rosane de Almeida, destaca a importância da atividade física para garantir mais qualidade de vida dessas pessoas.
A educadora física lembra que perdemos um terço da nossa massa muscular com o avanço da idade. A partir dos 40 anos essa perda começa com a diminuição de 0,5% da massa muscular por ano, chegando a 1% anual após os 65 anos. Nesse sentido os exercícios físicos, aliados à uma alimentação balanceada são importantes para garantir uma vida mais saudável, fortalecem a musculatura (evitando quedas), e contribuem para prevenir algumas doenças.
Rosane explica que a mudança no estilo de vida de muitos idosos brasileiros está provocando um novo direcionamento às ações governamentais voltadas às pessoas com essa faixa etária. “A população idosa tem tido uma longevidade maior e com isso a sociedade e as políticas públicas de saúde vem repensando suas variadas formas de convivência e organização de suas estruturas”, ressaltou. Ela lembra que no Brasil a proporção de idosos vem crescendo mais rapidamente que a de crianças. Em 1980, existiam cerca de 16 idosos para cada 100 crianças; em 2000 essa relação praticamente dobrou, passando para quase 30 idosos por 100 crianças. São muitas as causas que contribuíram para o aumento da longevidade da população brasileira, como mais acesso aos serviços de saúde, a uma alimentação saudável, e, principalmente, o crescimento das práticas de atividades físicas diárias.
No último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2015, doenças que acometiam os idosos como Alzheimer (demência), artroses, osteoporose, acidentes vasculares periféricos e centrais, diabetes e hipertensão, se davam não por serem estado fisiológico típico do idoso (conhecidas popularmente como Doença de Gente Velho), mas sim porque não praticavam exercícios físicos e com isso os sistemas fisiológicos não sofriam alterações metabólicas significativas para sua manutenção saudável. “Dessa forma, falar sobre idoso no Século XXI é falar na revolução da longevidade e essa revolução se dá pela mudança de hábitos, principalmente o comportamental. Sair da inércia, mexer com o corpo é o segredo para o jovem de hoje se tornar o idoso saudável de amanhã”, frisou Rosane.