O Banco do Nordeste encerrou o exercício 2021 com lucro líquido de R$ 1,62 bilhão. O valor representa aumento de 59% em relação ao apurado no ano anterior. O resultado acompanhou o índice de eficiência operacional, que ficou em 53,1%, o que significa evolução de 9,9 pontos percentuais comparado a dezembro de 2020. “Estamos demonstrando a nossa capacidade de expandir resultados com custos administrativos relativamente menores”, afirma o presidente do BNB, José Gomes da Costa.
O resultado operacional de 2021 fechou em R$ 2,81 bilhões — crescimento de 81,4% em relação ao ano anterior. Ao todo, o BNB aplicou, em 2021, mais de R$ 41,8 bilhões em cinco milhões de operações em sua área de atuação, que compreende os estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo. Na comparação com 2020, houve aumento de 4,2% no valor investido.
Segundo estimativas do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), os valores investidos pelo Banco ajudaram a criar ou manter 1,7 milhão de postos de trabalho no Brasil. “Especialmente em períodos críticos como o que vivenciamos em função da pandemia, torna-se evidente a importância do BNB na preservação dos empregos e na promoção do bem-estar das famílias, que é nosso foco, além de auxiliar na competitividade das empresas da Região”, afirmou o presidente José Gomes da Costa.
O Etene estima ainda, que os números das contratações globais e suas repercussões econômicas apontam elevação de R$ 18,7 bilhões na massa salarial, R$ 11,1 bilhões na arrecadação tributária e R$ 60,5 bilhões de Valor Adicionado à Economia no país.
As contratações com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal funding da Instituição, por meio do qual foram realizadas, em 2021, mais de 651 mil operações, somaram R$ 25,9 bilhões, valor ligeiramente superior ao contratado no ano anterior.
Os financiamentos de longo prazo, que englobam investimentos rurais, industriais, agroindustriais, infraestrutura, comércio e serviços, foram responsáveis por 67% dos recursos contratados, somando R$ 28 bilhões em 655,3 mil operações – crescimentos de 5% e 0,3%, respectivamente, no valor contratado e na quantidade de operações. Enquanto os empréstimos de curto prazo atingiram o valor de R$ 13,8 bilhões, com acréscimo de 2,8% em relação ao ano anterior, e representaram 33% do valor contratado no ano de 2021. Resultado puxado, principalmente pelo microcrédito urbano com o Crediamigo (R$ 12,7 bilhões).
Sustentabilidade
Considerando o recorte geográfico prioritário, o semiárido, foram aportados R$ 16,1 bilhões em financiamentos para empreendimentos, dos quais R$ 7,41 bilhões relacionados a projetos de infraestrutura — fato muito significativo em prol de reduzir desigualdades regionais e promover a equidade no acesso a oportunidades de desenvolvimento.
O fomento ao crédito verde resultou em R$ 6,9 bilhões contratados em cerca de 12 mil operações realizadas. Com destaque para o Programa FNE Verde Infraestrutura que contratou R$ 6,2 bilhões em projetos de geração centralizada (solar e eólica).
Na área de micro e minigeração de energia distribuída, destacam-se as contratações de 3.988 operações com Programa FNE Sol PF, voltado para a geração de energia residencial, totalizando R$ 113,7 milhões. Desde a criação do programa em 2019, foram atendidas mais de 10 mil famílias, em 846 municípios, contribuindo para geração ou manutenção de mais de 2 mil empregos, e com retorno de R$ 75 milhões em tributos para a sociedade. O FNE Sol PF foi possível deixar de emitir mais de 65 mil ton/ano de gás carbônico na atmosfera.
Já por meio do FNE Sol PJ o Banco contratou R$ 186,7 milhões com micro e pequenas empresas, oferecendo a oportunidade para elas gerarem a sua própria energia de forma limpa e sustentável, reduzindo seus custos, aumentando a sua competitividade e ainda contribuindo com o meio ambiente.