O crescimento da cadeia produtiva envolvida no setor da equinocultura cearense acaba de ganhar mais um reconhecimento do Governo do Ceará. Na manhã desta quarta-feira (16), a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) lançou a Câmara Setorial da Equinocultura do Ceará (CS Equinos). O órgão colegiado terá o objetivo de propor, apoiar e acompanhar projetos e ações tendo em vista o desenvolvimento sustentável do setor em território cearense.
Conforme a presidente da Adece, Nicolle Barbosa, a ideia se deu após a procura de entidades do setor com o intuito de ordenar a cadeia produtiva. “O setor é de extrema importância para a economia cearense, tendo em vista que o Brasil é o quarto maior rebanho de equinos do mundo e o Ceará o quarto do Nordeste, com cerca de 143.000 animais. Com muito orgulho, somos referência em diversos segmentos do setor, dentre eles, o esportivo. É uma cadeia produtiva que pulsa e cresce a passos largos, gerando emprego e renda em nosso Estado. Para se ter uma ideia, só no manejo direto, a cada três cavalos, é gerada uma oportunidade de trabalho”, comenta.
O fórum de discussão é o 27º instaurado pela Adece, que tem atualmente 23 câmaras setoriais em funcionamento, outras duas temáticas, além do Fórum Jovem Empresário Ceará. Somente no âmbito da diretoria de Agronegócios, a de equinocultura será a 11ª câmara.
“O setor estava desarticulado. Agora, conseguimos reunir 28 instituições que vão discutir mensalmente as demandas do segmento. A equinocultura gera emprego, renda e desenvolve a economia no Estado do Ceará, tendo em vista sua importância para criação de cavalos, esportes, medicina veterinária e produção industrial de rações. O Estado do Ceará só tem a ganhar com a criação dessa câmara”, avalia o diretor de Agronegócio da Adece, Sílvio Carlos Ribeiro.
Para dar início aos trabalhos da CS Equinos, membros presentes na primeira reunião elegeram um presidente, primeiro e segundo secretários. Foi escolhido como presidente o representante do Núcleo Cearense do Cavalo de Trabalho (NCCT), Rodrigo de Freitas. Já para primeiro e segundo secretários foram eleitos, respectivamente, Alexandre Dourado, da Associação dos Criadores de Cavalo Quarto de Milha do Ceará (ACEQM), e Renan Monteiro, do Jockey Club Cearense.
“A câmara nada mais é que do que o elo entre o setor privado com o poder público para enxergar o segmento como um negócio e não apenas como lazer. O cavalo é cultura, temos os nossos vaqueiros no Nordeste. No Brasil, o setor gera mais emprego que o ramo automobilístico. Vamos organizar o setor, gerar mais emprego, qualificar mais mão de obra para que, no final, seja proveitoso a todos. Inicialmente vamos olhar para o problema de sanidade animal e a regulamentação de eventos”, declara Rodrigo.
Cadeia produtiva
De acordo com as entidades cearenses representantes do setor, o crescimento da equinocultura está relacionado ao esporte, lazer e turfe, sediando alguns dos principais eventos e atraindo participantes do Brasil e ainda do exterior. Os eventos fomentam a economia local movimentando os setores de comércio e serviços.
A cadeia produtiva é responsável por movimentar a produção de ração, feno, capacitação de mão de obra e transporte, gerando emprego e renda principalmente na Zona Rural.
- postado por Oswaldo Scaliotti