A entrada de novas empresas cearenses no mercado de capitais contribuiu para popularização da renda variável no Estado
Mesmo em um ambiente de alta volatilidade na bolsa, ao longo de 2021, o Ceará ultrapassou a marca de 100 mil pessoas físicas cadastrados na B3, fechando o ano com 106.281 investidores que juntos, somam R$ 8,7 bilhões aplicados. Para Henrique Zimmermann, sócio da VLGI Investimentos, dentre os fatores que contribuíram para esse avanço estão a entrada de novas empresas cearenses no mercado de capitais e a recente abertura de capital (IPO) do Nubank, uma vez que o banco distribuiu suas ações entre seus correntistas.
“Parte desse resultado pode ser explicado pelo aumento de empresas sediadas no Ceará que foram listadas nos últimos dois anos, como Hapvida, Pague Menos, Aeris e Brisanet, já que os consumidores dessas companhias ficam mais suscetíveis a investir. Até pouco tempo, só tínhamos a M. Dias Branco e a Grendene”, diz Zimmermann. “Outro ponto relevante foi o IPO do Nubank, que trouxe um aumento considerável do número de investidores em todo o Brasil, de aproximadamente 800 mil”.
Zimmermann destaca ainda que o ticket médio inicial dos novos entrantes no mercado de capitais também caiu, sinalizando uma maior popularização da renda variável. “Há 6 anos, o ticket inicial era superior a R$ 5 mil. Hoje, esse valor é de pouco mais de R$ 200. Isso pode ser reflexo das corretoras que oferecem corretagem grátis, além da maior oferta de produtos como ETFs e Fundos Imobiliários, o que fez com que as pessoas tenham diversificado mais em diferentes tipos de investimentos e começado com cada vez mais tickets menores”.