Iniciativa liderada pela ONG The Nature Conservancy atua em 146 municípios em projetos de recuperação ambiental e gestão de recursos hídricos; mais de 3.500 famílias já foram beneficiadas desde o início do projeto
A Coalizão Cidades pela Água, iniciativa liderada pela The Nature Conservancy (TNC) em parceria com a Cervejaria Ambev e outros atores dos setores público e privado e a sociedade civil, vai encerrar o ano de 2018 com a marca de 33 mil hectares de áreas conservadas e restauradas em seis regiões metropolitanas do Brasil, que contribuem para segurança hídrica de mais de 100 municípios. Para se ter ideia do que isso representa, cada hectare equivale a 10 mil m² – mais ou menos a medida de um campo de futebol.
A Coalizão promove ações de conservação de nascentes e rios em áreas críticas para a produção e conservação de água. O objetivo é construir soluções de longo prazo e baseadas na natureza para ampliar a disponibilidade de água a 42 milhões de brasileiros. No total, 3.577 famílias foram beneficiadas nas áreas do Sistema Cantareira e Alto Tietê, em São Paulo; bacias hidrográficas do Pipiripau e Descoberto, localizadas no Distrito Federal; do Guandú e Paraíba do Sul, que ficam no Rio de Janeiro; além do Espírito Santo.
Para implementar todos os seus projetos, a Coalizão captou, desde o seu lançamento em 2015, cerca de R$ 26,3 milhões entre empresas apoiadoras e outras instituições parceiras. A Cervejaria Ambev, principal apoiadora em recurso financeiro e gestão, integra iniciativas como essa desde 2012, com o Programa Bacias de Jaguariúna.
“Temos diversas iniciativas que visam a preservação dos recursos hídricos e a ampliação do acesso à água, pois essas são questões prioritárias dentro de nosso programa de sustentabilidade. Apoiar a TNC e a Coalizão é, para nós, poder ajudar a ampliar o alcance desses projetos e reforçar nosso sonho de criar um mundo melhor e mais sustentável para as futuras gerações”, afirma Filipe Barolo, gerente de sustentabilidade da Cervejaria Ambev.
Apenas em São Paulo, foram alavancados R$ 12 milhões para ações de conservação, restauração e melhores práticas juntos aos comitês responsáveis pelos projetos nas bacias hidrográficas PCJ (que compreende os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e do Alto Tietê.
Também foram validados quase mil hectares para restauração ambiental em áreas do Sistema Cantareira, o principal sistema que abastece a Grande São Paulo. Em Jaguariúna, o projeto de recuperação do solo e da mata ciliar – por meio de parcerias com agricultores que moram no entorno da bacia do rio Jaguari – já soma mais de 1.600 hectares de proprietários rurais que se comprometem com práticas de conservação de água em suas propriedades da região.
Já no Rio de Janeiro uma das maiores conquistas foi angariar apoio para a implementação de um novo projeto de PSA (pagamento por serviços ambientais) na Bacia do rio Guandu, responsável por fornecer cerca de 80% do abastecimento hídrico atendendo mais de 8 milhões de pessoas da região metropolitana da capital fluminense. Por meio do PSA, são feitas parcerias com agricultores e produtores rurais que moram no entorno das bacias, que incluem informações sobre técnicas de conservação, educação ambiental, restauração ecológica do solo e da mata ciliar.
Em Brasília, os projetos de restauração acontecem na bacia Pipiripau, onde quase 180 produtores rurais já foram beneficiados pelo PSA dentro das iniciativas de preservação adotadas.
A Coalizão também desenvolveu durante 2018 outros importantes trabalhos de captação de recursos, capacitação de produtores rurais para preservação de áreas ambientais e estudos para implantação de novas iniciativas em Belo Horizonte, Curitiba e no estado do Espírito Santo.