A partir de pesquisa de junho, os entrevistados demonstraram confiança na situação financeira e geração de empregos nos próximos meses
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), divulga nesta quarta-feira, (13) o resultado daspesquisas: Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) e o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC).
ICC
O resultado do ICC foi influenciado pela expansão dos seus dois componentes: o Índice de Situação Presente, que teve evolução de +0,7%, passando de 94,9 pontos para 95,5 pontos no período analisado e o Índice de Situação Futura, que cresceu +5,8%, atingindo o patamar de 113,6 pontos, como pode ser visto na tabela a seguir:
Tabela 1–ICC, Síntese dos resultados
Índice | Valor mensal – em pontos | Média do Trimestre | ||
Abr | Mai | Jun | ||
ICC | 103,7 | 102,4 | 106,4 | 104,2 |
ISP | 97,3 | 94,9 | 95,5 | 95,9 |
IEF | 108,0 | 107,4 | 113,6 | 109,7 |
Fonte: Pesquisa Direta IPDC
Expectativa dos consumidores
Embora o cenário econômico e político brasileiro apresentem incertezas, com 52,8% dos entrevistados descrevendo-o como ruim ou péssimo, em junho, a pesquisa revela que as expectativas dos consumidores para o futuro se mostram mais otimistas: 82,9% acreditam que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual. Destes entrevistados, 58,3% já consideram sua situação financeira atual melhor ou muito melhor do que há um ano – taxa superior à verificada em maio (57,9%).
Com relação à disposição para compra, 40,4% dos entrevistados mostram estar propensos à compra de bens duráveis. Dentre aqueles que demonstram maior otimismo, destacam-se os consumidores do gênero masculino (41,7% dos entrevistados afirmam que junho é um bom momento para compra de bens de consumo duráveis), do grupo com idade entre 18 e 24 anos (43,5%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (53,9%).
Pretensão de compra
A taxa de pretensão de compras teve aumento de +0,5 pontos percentuais, passando de 40,1%, em maio, para 40,6% neste mês e com a taxa se situando acima da observada no mesmo mês do ano passado (37,1%). O crescimento da pretensão de compras poderá animar o varejo, principalmente nos segmentos de bens de consumo semiduráveis e duráveis, conforme sugere a lista de produtos mais procurados.
O valor médio das compras é estimado em R$ 599,41 e a intenção de compra mostra-se mais elevada para os consumidores do gênero masculino (44,7%), mais vigorosa para o grupo com idade entre 18 a 24 anos (58,3%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (41,9%).
Sobre a pesquisa
O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC) da Fecomércio-CE foi criado para suprir a ausência de informações práticas e de dados estatísticos confiáveis que auxiliassem as ações de planejamento e de desenvolvimento das empresas do segmento de comércio de bens, serviços e turismo. O Instituto realiza e desenvolve pesquisas, sobretudo, de viés econômico, fornecendo dados referentes ao comportamento do consumidor, a situação econômica do comércio local e as tendências de mercado e de consumo dos fortalezenses.
A Pesquisa de Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Fortaleza (ICC) é realizada mensalmente pelo IPDC. O estudo tem como principal objetivo verificar a expectativa real dos consumidores, em relação à situação econômica e em relação às futuras intenções de compras. A pesquisa avalia, também, o potencial de consumo a cada mês, a confiança do consumidor em relação à capacidade de compra e a situação do país. Além de verificar os produtos que o consumidor deseja adquirir, a propensão para gastar, a situação financeira atual e futura do consumidor, entre outros.
ICEC
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará – ICEC do bimestre maio/junho teve leve crescimento de +0,2% no sentimento geral de confiança dos empresários, com o índice passando de 104,7 pontos, no bimestre março/abril, para 104,9 pontos na medição atual.
Com esse resultado, o indicador permanece no campo que indica otimismo (acima dos 100 pontos), mesmo com a queda nos Índices de Situação Presente (-1,5%) e Situação Futura (-1,7%), sugerindo que os resultados da tão esperada retomada da economia ainda não foram suficientes para a confiança empresarial. O fator determinante para a melhora no índice geral foi o crescimento no Índice de Investimentos das Empresas, que teve alta de +4,8% no bimestre, alcançando 105,1 pontos.
O componente Índice de Situação Presente – ISP teve redução de -1,5%, saindo de 67,3 pontos no bimestre março/abril para 66,3 pontos neste período. O índice permanece no campo que indica pessimismo (abaixo dos 100 pontos), influenciado pelas péssimas condições da economia nacional no último ano, apesar dos empresários afirmarem que percebem melhoras em suas empresas, ou seja, a recuperação está em curso.
As perspectivas para o futuro, refletidas no Índice de Situação Futura – ISF, caíram -1,7%, com o índice passando de 136,0 pontos no bimestre anterior para 133,6 pontos nesta medição. Os empresários acreditam na melhoria das condições de suas empresas, com 93,5% dos entrevistados esperando momentos melhores nos próximos seis meses e 95,0% antevendo crescimento das vendas.
Sobre a pesquisa
O Índice de Confiança do Empresário (ICEC) é indicador antecedente, apurado exclusivamente entre os tomadores de decisão das empresas do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, cujo objetivo é detectar as tendências das ações empresariais do setor do ponto de vista do empresário. Ele pode ser dividido em três indicadores; Índice de Situação Presente (ISP), Índice das Expectativas Futuras (IEF) e Índice Geral (ICEC).
Índice atual: diz respeito às condições atuais da economia brasileira, setor de atividade e da empresa em um prazo de até́ trinta dias.
Índice Futuro: calculado com base na opinião dos empresários no que concerne às expectativas em relação ao setor de atividade e da empresa em um horizonte temporal de onze meses (com exceção dos próximos trinta dias).
Índice Geral: é o indicador antecedente das variações na demanda agregada da economia. É um valor ponderado entre o Índice Atual e o Índice Futuro.