O mês voltado para o combate ao câncer de pele, subtipo mais prevalente no mundo, se aproxima. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele não melanoma (CPNM) corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. A doença pode acometer qualquer pessoa, principalmente aquelas de peles mais claras e que se expõem mais ao sol durante a vida.
Pesquisas do Instituto indicam que o Ceará é o sétimo estado do país com maior índice de pessoas com câncer de pele. O estado é conhecido por ter altas temperaturas o ano inteiro. Apesar de frequentemente indicado pelos dermatologistas, o uso do filtro solar no dia a dia ainda é resistido por muitos. Estatísticas alertam para o mal que a falta deste hábito pode causar.
Recentemente, estudos apontaram que 70% do contato com os raios ultravioleta (UV) acontecem durante atividades do cotidiano da população, como, por exemplo, deslocamento ao trabalho. Os outros 30% se dão nas idas às praias ou piscinas em momentos de lazer. A médica dermatologista Hercilia Queiroz ressalta que é importante comparecer regularmente ao consultório médico para exame clínico completo da pele, cabelos e unhas, com dermatoscopia (aumento do tamanho da imagem) das manchas e sinais para um diagnóstico precoce.
“Recomenda-se o uso regular de filtro solar com FPS 30, pelo menos, na rotina de trabalho pela manhã e ao meio-dia, além de evitar exposição excessiva diariamente e inclusive em momentos de lazer ou férias, evitando o horário entre 9h e 15h. Além disso, o uso de roupas que cubram a maior parte do corpo, óculos escuros, chapéu com aba larga, guarda-sol e procurar locais com sombra também podem ajudar no combate a radiação UV”, afirmou a dermatologista.
Segundo Hercilia Queiroz, a exposição à radiação UV tem efeito cumulativo “Ela penetra profundamente na pele, sendo capaz de provocar o bronzeamento e o surgimento de pintas, sardas e rugas. A exposição solar excessiva pode causar tumores benignos (não cancerosos) ou cancerosos, como o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. A médica ainda esclarece que existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas diversas.
“Os mais comuns e prevalentes são carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – câncer não melanoma – e que evoluem com alto percentual de cura se diagnosticados e tratados precocemente.
Já o melanoma, considerado um outro tipo de câncer de pele menos incidente que os cânceres não-melanoma, é o mais agressivo e potencialmente letal, podendo causar metástases no corpo. Em caso de diagnóstico precoce, o melanoma pode ter mais de 90% de chance de cura”, afirma Hercilia