Psicóloga dá dicas para uma convivência saudável entre idosos e jovens
Nesta sexta-feira, 26 de julho, quando é comemorado o Dia dos Avós, a psicóloga Beatriz Vasconcelos, do Hospital São Camilo Fortaleza, fala sobre as diferenças que podem distanciar as gerações e prejudicar os relacionamentos entre jovens e pessoas mais velhas.
Um idoso de 80 anos, casado, com filhos e netos, pode ter dificuldade para compreender um jovem de 23 anos que ainda não é totalmente independente dos seus pais, ou que não cuida da própria casa, e ainda por cima tem verdadeira “fixação” pelos aparelhos eletrônicos. “As transformações geradas inclusive pelas novas tecnologias podem causar uma ruptura entre as gerações, os mais velhos não entendem bem os mais jovens, e os mais jovens consideram os mais velhos desconectados. Para conviverem de forma mais saudável, algumas atitudes precisam ser tomadas, todas elas envolvendo a empatia”, diz Beatriz.
Segundo a psicóloga, é necessário exercitar a atitude de se colocar no lugar do outro, para entender a sua maneira de pensar. “Com a maturidade que os mais velhos têm, eles devem perceber que os mais jovens ainda vão adquirir a experiência de vida necessária. E os jovens, por sua vez, precisam perceber que podem até ter muito acesso a informação, mas têm pouca profundidade, e ainda precisam adquirir um outro tipo de conhecimento, que é o pensamento crítico-reflexivo, que é algo que somente a geração anterior pode contribuir com a vivência que tiveram”, avalia.
Diante das diferenças na maneira de se comunicar, de se vestir, de viver, o mais importante, de acordo com Beatriz, é que as pessoas entendam que pensar diferente não é sinônimo de desamor, desrespeito ou rebeldia. “Pensar diferente é a forma que temos pra viver. Um idoso de mais de 80 anos passou por situações que os mais jovens não enfrentaram, e a forma de pensar é muito regida pela cultura e de acordo com o que a sociedade está vivendo naquele momento”, conclui.