Realizada nos meses de janeiro e início de fevereiro deste ano, a pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE) revela que, embora pequeno, ocorreu um aumento no otimismo dos economistas consultados, conforme indicam os índices de percepção geral (106,0 pontos) e futura (118,6 pontos). O ceticismo, capturado pelo índice de percepção presente (93,4 pontos), diminuiu e os resultados apresentam suave melhora nas expectativas dos especialistas.
Em sua décima sétima edição, a pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo. Os analistas revelaram otimismo em cinco das nove variáveis investigadas: taxa de juros (152,7 pontos), taxa de inflação (149,6 pontos), gastos públicos (127,9 pontos), cenário internacional (113,7 pontos) e evolução do PIB (100,9 pontos), que na pesquisa anterior foi avaliada com pessimismo. Os analistas revelaram pessimismo com quatro variáveis: oferta de crédito (97,3 pontos), taxa de câmbio (96,0 pontos), nível de emprego (71,2 pontos) e salários reais (44,7 pontos), que atingiu, mais uma vez, a menor pontuação.
A pesquisa é realizada pela Fecomércio/CE, em parceria com o Conselho Regional de Economia (Corecon/CE), e tem periodicidade bimestral. A amostra reúne 130 profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções.
Conforme a metodologia, cada uma das variáveis analisadas gera três índices: de percepção presente, futura e de expectativa geral. Considerando a soma das variáveis, o índice geral atingiu 106,6 pontos, uma variação positiva de 8,6% em relação à pesquisa anterior. Sobre o comportamento futuro das variáveis, a pesquisa mostra um leve aumento de 2,1% no otimismo dos analistas. Ademais, cabe destacar que a percepção pessimista sobre o desempenho presente das variáveis registrou redução não desprezível de 18,2%%, alcançando 93,4 pontos contra 79,0 pontos da pesquisa anterior.
- postado por Oswaldo Scaliotti