A disponibilidade da térmica no período chegou a 96,4%, um avanço de 16,1 pontos percentuais na comparação com a média de 2018
A EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, alcançou lucro líquido de R$ 295,6 milhões no primeiro trimestre de 2019, um crescimento de 38% na comparação com o mesmo período do ano passado. O EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 705,6 milhões, alta de 9,4% em relação aos três primeiros meses de 2018.
A antecipação das obras de Transmissão, como a entrega do Lote do Espírito Santo 20 meses antes do prazo regulatório, e o avanço nos lotes 11 (Maranhão) e 21 (Santa Catarina) foram destaques no período. O lote 07, também localizado no Maranhão, recebeu sua licença prévia em abril, e o lote 18 (na divisa entre Minas Gerais e São Paulo), está em fase de licenciamento, com o início da construção previsto para o segundo semestre.
“É nosso compromisso reproduzir no segmento de Transmissão o modelo de excelência de gestão pelo qual ficamos conhecidos no segmento de Geração, quando antecipamos a entrega de três usinas hidrelétricas em vários meses frente ao cronograma pré-estabelecido”, afirma Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil.
Investimentos em 2019
Para este ano, a EDP prevê investimentos de R$ 2,9 bilhões, mais do que o dobro do realizado em 2018. Desse total, R$ 2 bilhões serão destinados às obras dos empreendimentos de Transmissão. Outros R$ 600 milhões serão direcionados ao segmento de Distribuição, com o objetivo de continuar obtendo melhorias nos indicadores de qualidade de serviço. Além disso, R$ 100 milhões serão aplicados em projetos de geração solar distribuída, segmento em que a EDP tem aumentado fortemente sua presença. O restante será dedicado à operação e à manutenção de ativos.
No trimestre, o investimento chega a R$ 457.793 milhões, mais do que o triplo do realizado no mesmo intervalo de 2018. Na Transmissão, foram alocados R$ 271,7 milhões, em função do avanço das obras, com destaque para as linhas de Santa Catarina (R$ 102,3 milhões) e São Paulo e Minas Gerais (R$ 106,9 milhões). Na Distribuição, foram investidos R$ 162,2 milhões, um aumento de 55,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2018.
Aumento no volume de energia distribuída
No período, o volume de energia distribuída apresentou crescimento de 5,1%, impulsionado pelas elevadas temperaturas. Paralelamente, houve evolução dos níveis de perdas, que seguem uma tendência de redução, o que demonstra o esforço realizado no combate às mesmas e os investimentos feitos na expansão e melhoria das redes de distribuição.
Avanço no desempenho da Geração
A receita líquida registrada no segmento de Geração foi de R$ 390,5 milhões. O aumento de 20,6% frente ao trimestre anterior foi proporcionado pelo crescimento no volume de energia vendida, resultante da maior quantidade de contratos bilaterais com a comercializadora, bem como da estratégia de sazonalização e hedge (ferramenta de proteção contra grandes variações de preços) adotados pela Companhia.
Em fevereiro, a Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, também conhecida como UHE Lajeado, controlada pela EDP, foi apontada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a melhor do Brasil entre mais de 100 usinas avaliadas. A análise envolveu três etapas: monitoramento, fiscalização à distância e fiscalização presencial. A hidrelétrica obteve nota 99,55 no ranking geral, tendo conquistado a nota máxima, de 100 pontos, nos critérios Segurança, Meio Ambiente, Gestão da Operação e Gestão de Manutenção.
Crescimento em Energia Solar e Comercio Varejista
A EDP Grid, responsável pela gestão dos projetos de geração solar distribuída, registrou uma receita líquida de R$ 13 milhões no trimestre, um aumento de 4,5%. Um dos projetos anunciados no período foi a construção de uma usina solar para a Brametal, proprietária de uma das maiores fábricas do mundo em produção de estruturas metálicas galvanizadas a fogo para geração e transmissão de energia elétrica no Espírito Santo. Será a maior planta de energia solar do estado, evitando a emissão de 186,93 toneladas de CO2, o equivalente ao plantio de 1.378 árvores. “Nossos investimentos em geração solar distribuída, redes inteligentes e mobilidade elétrica refletem nosso propósito de liderar a transição energética do setor”.
O comércio varejista, por sua vez, avançou 8,8%. O número de clientes livres cresceu 19,8%, com a migração do mercado cativo para o mercado livre.
Aposta em inovação
A EDP segue seu ambicioso plano de transformação digital, com 142 processos de negócios administrativos robotizados. A digitalização desses processos corresponde a mais de 70 mil horas de trabalho e trazem um ganho anual equivalente a R$ 6 milhões.
Agora, a empresa colocará em operação seus primeiros robôs com inteligência artificial – denominados robôs de terceira e quarta geração (dotados de funções avançadas de análise que permitem recomendar a melhor decisão a ser tomada em situações de difícil parametrização).
Controle de custos e endividamento
A empresa segue com o plano de controle de custos, Orçamento Base Zero (OBZ), que está em sua versão 4.0. Desde o início do OBZ, em 2015, a EDP obteve ganhos de mais de R$ 260 milhões em eficiência e os gastos com pessoal, material e serviços de terceiros seguem abaixo da inflação.
Com foco na otimização da estrutura de capital, a alavancagem consolidada da EDP alcançou a relação 2,1 x dívida líquida / EBITDA ajustado no fim do trimestre, desconsiderando os efeitos não recorrentes dos últimos 12 meses. A melhora da avaliação de crédito da EDP e de suas controladas, associada à queda nas taxas de juros, foi refletida na melhora do resultado financeiro.
Compromisso com o patrimônio histórico brasileiro
A valorização da cultura luso-brasileira é uma causa estratégica para a EDP em sua atuação social. Por esse motivo, a Companhia, que já era a principal patrocinadora da recuperação do Museu da Língua Portuguesa, foi a primeira a anunciar, no primeiro trimestre de 2019, o patrocínio máster à restauração do Museu do Ipiranga. Com um investimento de R$ 12 milhões de reais, a obra tem duração prevista de 30 meses e a reinauguração está programada para 2022.
Sobre a UTE Pecém I
A UTE Pecém I, administrada pela EDP Brasil, está sediada no município de São Gonçalo do Amarante (CE). A usina está em operação desde 2012 e tem capacidade instalada de 720 MW. A atividade da termelétrica foi responsável pela transformação do Ceará de estado importador em exportador da energia elétrica. A UTE Pecém gera cerca de 1500 empregos, entre diretos e indiretos.
Sobre a EDP Brasil
Com mais de 20 anos de atuação, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor. A Companhia, que tem mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, atua em Geração, Distribuição, Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia. Possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica, e atende cerca de 3,4 milhões de clientes pelas suas Distribuidoras em São Paulo e no Espírito Santo. Recentemente, tornou-se a principal acionista da CELESC, em Santa Catarina. No Brasil, é referência em áreas como Inovação, Governança e Sustentabilidade, estando há 13 anos consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.