A Delfos, startup cearense do setor elétrico, acabou de fechar captação de R$ 1,5 milhão para aprimorar soluções de Inteligência Artificial para previsão de falhas. BMG UpTech e Bossa Nova Investimentos também são parceiros do negócio
São Paulo, 21 de fevereiro de 2019 – A EDP Ventures Brasil, veículo de investimentos de capital de risco (Corporate Venture Capital) do Grupo EDP, acabou de realizar seu primeiro aporte financeiro numa startup do mercado elétrico brasileiro. A cearense Delfos vai utilizar o aporte de R$ 1,5 milhão para finalizar o desenvolvimento da Inteligência Artificial aplicada à manutenção preditiva de usinas de geração de energia. Além da EDP Ventures Brasil, que atuou como Investidor Líder, sendo responsável pela maior fatia do capital, o negócio tem participação do BMG UpTech, braço de inovação do Grupo BMG, e da Bossa Nova Investimentos.
“Escolhemos a Delfos para receber o primeiro aporte da EDP Ventures Brasil por acreditarmos que essa solução brasileira tem um grande potencial de crescimento no mercado de energias renováveis local e global. Queremos investir para alavancar o desenvolvimento de tecnologias criadas no Brasil e que tenham qualidade para ganhar o mundo”, afirma Cassio Vidigal, Head da empresa de Venture Capital da EDP.
Segundo Rosario Cannata, Investment Manager da EDP Ventures, “a Inteligência artificial aplicada à manutenção preditiva é uma tecnologia muito inovadora, com a qual a Delfos poderá ajudar empresas de energia eólica, hidrelétrica e solar a se tornarem mais eficientes, aumentando a produção das usinas e reduzindo seus custos por meio da previsão de falhas e de um melhor conhecimento operacional”.
A Delfos iniciou sua relação com a EDP em 2016, ao vencer o concurso de startups EDP Open Innovation e receber um investimento de 50 mil euros para o desenvolvimento de um sistema de previsão de falhas em turbinas eólicas. Na ocasião, o administrador Guilherme Studart e o engenheiro Samuel Lima criaram um modelo de cruzamento de dados capaz de antecipar o desgaste dos componentes e recomendar a manutenção preventiva dos equipamentos.
Durante esse período, a startup passou por todos os processos de mentoria da EDP e conquistou grandes clientes no país, encerrando o ano de 2018 com o total de 1,04 GW (gigawatts) de ativos monitorados, mais do que o dobro do total monitorado em 2017 (0,4 GW). “O apoio da EDP impulsionou a forma de atuação da Delfos no mercado. Nossa solução tem como objetivo otimizar a produtividade dos insumos de energias renováveis. Queremos expandir nosso negócio por meio do uso da Inteligência Artificial na Indústria”, destaca Guilherme Studart, CEO da Delfos.
Com o aporte da EDP Ventures Brasil, BMG UpTech e Bossa Nova, a startup pretende agora consolidar a robustez da plataforma, aumentando a escalabilidade, além de aperfeiçoar a confiabilidade dos dados, tornando o sistema capaz de operar em tempo real e gerando um clone virtual para a captação de possíveis falhas.
Além do apoio financeiro, BMG UpTech e Bossa Nova contam com um portfólio de mais de 400 startups investidas e poderão ajudar a Delfos na expansão local e internacional e no acesso a capital de risco em futuras captações. Os investidores terão direito a uma participação minoritária da empresa e trabalharão em conjunto para dar suporte ao crescimento da companhia.
De acordo com o vice-presidente do Grupo BMG, Eduardo Dominicale, a Delfos tem um grande potencial de crescimento, com benefícios para o avanço e a transformação do setor elétrico. “O BMG UpTech investe na viabilidade da Delfos, na inovação tecnológica relevante que oferece e na realidade cada vez mais eminente no mercado nacional e mundial de geração de energias renováveis”, explica Dominicale.
A escolha da EDP Ventures Brasil
No início de 2018, a Delfos desenvolveu um projeto-piloto com a EDP Renováveis em um complexo eólico na Bélgica. O modelo de previsão de falhas, testado em 11 turbinas, aumentou sua capacidade de análise e melhorou a habilidade de tratar dados, gerando modelos mais assertivos e painéis de análise aprimorados. A constante evolução da plataforma atraiu o interesse da EDP Ventures Brasil, que, com apenas oito meses de atuação, já havia prospectado mais de 200 startups e conversado com mais de 70 fundos de investimentos, aceleradoras e polos tecnológicos.
Além de investimento direto, a empresa de Venture Capital da EDP oferece apoio financeiro para a realização de projetos-piloto, acesso às áreas de negócio e ativos do Grupo EDP e seus parceiros em 14 países e também o acompanhamento de uma rede de incubadoras, aceleradoras e investidores brasileiros e internacionais.
A EDP Ventures Brasil procura startups com soluções para o mercado de energia que possam trazer valor para o grupo dentro das seguintes verticais de investimento: energia renovável, redes inteligentes, armazenamento de energia, Inovação digital (blockchain, IoT, big data, realidade virtual), Soluções com foco no cliente (fintechs, soluções inteligentes para casa) e área de suporte (legal tech, plataformas de RH).
A EDP Ventures Brasil avalia desde startups em fase inicial de desenvolvimento (seed investment) até as mais maduras, em fase de escala e tração no mercado (series A), com a possibilidade de coinvestimento com outras corporações ou fundos parceiros. Interessados podem acessar o site www.edpventures.vc para obter mais informações ou inscrever novos projetos.
O Grupo EDP possui uma estratégia global de Corporate Venture. Por meio de um veículo semelhante existente em Portugal desde 2008, a EDP já investiu mais de 30 milhões de euros em 22 startups.
Plataforma de inovação aberta da EDP Brasil
No Brasil, a EDP apoia o empreendedorismo nacional no setor de energia desde 2015, com iniciativas que auxiliam no desenvolvimento de soluções desde a ideia inicial até o investimento, passando pelos processos de prototipagem, aceleração e projeto-piloto. Os programas de aceleração EDP Starter Brasil e Free Electrons são as principais portas de entrada para a aproximação com a Companhia.
Sobre a EDP Brasil
Com mais de 20 anos de atuação, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor. A Companhia, que tem mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, atua em Geração, Distribuição, Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia. Possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica, e atende cerca de 3,4 milhões de clientes pelas suas Distribuidoras em São Paulo e no Espírito Santo. Recentemente, tornou-se a principal acionista da CELESC, em Santa Catarina. No Brasil, é referência em áreas como Inovação, Governança e Sustentabilidade, estando há 13 anos consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.
Sobre o BMG UpTech
Corporate venture do Grupo BMG, um dos maiores e mais importantes grupos empresariais do país, voltada para a inovação. O BMG UpTech identifica as startups cujos negócios sejam viáveis, investe no seu desenvolvimento e as coloca em contato com o mercado, ou seja, com possíveis compradores das soluções.
Sobre a Bossa Nova Investimentos
A Bossa Nova Investimentos é a maior empresa de investimento semente em startups da América Latina. Liderada pelos empresários Pierre Schurmann e João Kepler, tem a premissa de colocar o know how e a tradição que possui a favor de propostas inovadoras, identificando e investindo em projetos ligados à tecnologia. O Grupo BMG adquiriu participação na Bossa Nova em 2017.