Uma oportunidade de compra durante o Dragão Fashion, com peças de designers selecionados
Com trabalhos autorais em artigos de vestuário, acessórios e artesanatos diversos, o espaço Novo Design Senac no DFB Festival 2018 reúne nove marcas criativas do Nordeste, selecionadas pela Instituição. Essas são do Piauí, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Ceará – sendo um representante de Fortaleza e outro de Juazeiro do Norte – e apresentam desde peças indígenas à joalheria tradicional.
“Somos parceiros do DFB há 11 anos e essa é uma iniciativa inédita”, revela a consultora na área de moda do Senac Ceará, Eveline Costa. Ela explica que o Novo Desig n Senac “é uma aposta da Instituição em novos criadores, por meio do Plano Diretor de Moda, do Núcleo de Desenvolvimento Corporativo do Nordeste, fortalecendo o posicionamento da instituição enquanto referência como Escola de Educação Profissional e apoio ao mercado de trabalho.
Sobre as marcas e designers:
Maihara Brandão Atelier (Piauí)
Com ateliê em Teresina e São Paulo, o trabalho da joalheira é focada em desenvolver peças que mostram fortes traços de pertencimento e identidade regional. Dentro do processo de produção,mantém uma preocupação ambiental a partir da reutilização de materiais de pesquisa, como o reaproveitamento da cerâmica do Rio Poti, por meio do processo de vitrificação, no qual é dado uma nova roupagem ao material, por meio do design, a algo que seria desperdiçado inicialmente.
Lúcia Franco (Maranhão)
O trabalho de Lúcia Franco é inspirado no trabalho dos indígenas Guajajaras, exímios artesãos de colares e outros acessórios a partir de sementes de leucena, que lhe ensinaram a técnica e exigiram dela a qualidade na produção das peças. A partir dessa experiência, começou a desenvolver novas técnicas e a utilizar outras matérias primas, a exemplo de sementes de juçara, chocalho de cobra, contas de Santa Maria, cascalhos de coco, buriti, couro e fibras. Hoje, a artesã confecciona valiosas peças – como colares, pulseiras e outros acessórios – que se destacam no cenário do artesanato local por sua criatividade e utilização de matérias típicas do Maranhão. Em seu trabalho imprime toda a miscigenação que caracteriza o seu povo e, nas peças que produz, procura valorizar a beleza da mulher e a sua força como representante da cultura.
Flor de Caroá (Alagoas)
Sertaneja, nordestina, alagoana e toda estampada. A Flor de Caroá foi criada pela designer Júlia Ferreira com intuito de levar arte, cultura, cores, alegria e principalmente originalidade em suas peças. Valorizando o sustentável e o feito à mão a marca já soma, em apenas um ano de existência, seis coleções repletas de um DNA regional incrível. Flor de caroá é orgulho de ser nordestino, valorizando raízes culturais.
ASDEREN – Associação para o Desenvolvimento da Renda Irlandesa de Divina Pastora (Sergipe)
O município Divina Pastora surge como principal território da renda irlandesa porque no local se encontraram os elementos que culminaram com a apropriação do ofício – vinculado originalmente à aristocracia – por mulheres humildes que reinventaram a técnica, o uso e o sentido deste saber-fazer. Nesse contexto, o ofício é relacionado ao universo feminino e caracterizado como de longa continuidade histórica. A partir de tal apropriação, a renda tornou-se responsável pela ascensão social de muitas que abandonaram o trabalho nas roças para custearam os estudos a partir de sua produção e venda.
A Asderen foi fundada em 2000 com o apoio do Programa Artesanato Solidário. Por meio da pesquisa realizada para o processo de registro, foi iniciada uma ação de salvaguarda. Os pesquisadores, com a colaboração da associação, catalogaram 122 rendeiras entre associadas e não-associadas em Divina Pastora e em outras sete localidades. Essas mulheres foram identificadas e apresentaram informações sobre as potencialidades e fragilidades do modo de fazer Renda Irlandesa.
Contudo, muitos já são os êxitos alcançados. Um deles é a disseminação da renda irlandesa por outros municípios da região. O “modo de fazer” a renda irlandesa foi reconhecido como Patrimônio cultural do Brasil pelo IPHAN. Atualmente, novas tipologias são desenvolvidas para a comercialização de produtos para o segmento de moda como: bolsas, coletes, colares e peças para aplicações em vestuário.
Negrif (Bahia)
Negrif nasceu do desejo de uma criadora de moda de querer vestir a alma da baiana e não apenas vestir corpos. O fato de apenas existir como uma marca não bastava para a estilista Madalena, carinhosamente conhecida por Madá, que via nas roupas uma possibilidade de transpor suas verdades e seus valores de mulher negra. Esse desejo tomou forma e conceito quando Madá ainda estava no Curso de Estilismo do Senac, ali ela foi costurando cada detalhe que hoje faz a sua grife ser reconhecida no mercado como genuinamente afro brasileira. A marca é também a trajetória de uma menina que conviveu em meio aos retalhos de sua mãe e na sua caminhada se tornou Designer de Moda. Dona da própria marca, hoje veste pessoas pelo mundo e cria, em cada um que veste suas roupas, um desejo além do tridimensional. A Negrif mexe com a essência, desejo, paixão, amor.
Romero Sousa (Paraíba)
A marca é um traço da inovação artesanal paraibana, através do algodão colorido, agregada de forma sincera ao conceito de moda sustentável. Romero Sousa, nascido em Recife e radicado na Paraíba, é formado em Artes Visuais pela Universidade Federal da Paraíba e especialista em Moda. Expôs na Prét a porter de Paris, onde apresentou uma coleção de acessórios em algodão colorido natural. A cultura popular envolve e demarca o seu trabalho. O algodão que já nasce colorido foi seu ponto de partida para alinhar a tecnologia inovadora da fibra natural orgânica às tipologias artesanais, como a renda renascença, o crochê, macramê, labirinto e captonê, transformando roupas alinhavadas com frescor nordestino, porém prontas para serem absorvidas por culturas do além mar.
Plaisant (Pernambuco)
O universo lírico das ilusões afetivas compõe o repertório conceitual da Marca Plaisant, sugerindo um novo sentido e uma nova poética para a simplicidade da moda praia cotidiana. De natural elegância se forma uma mulher decidida. Com toque natural, mas ousado, beleza e estilo singular. Peças que falam por si, que demonstram emoções e sensações. Cristais e bordados, casual e elegante, sedutora e discreta. Uma mulher multifacetada.
Cisco. (Fortaleza – Ceará)
A marca fincou raízes na ideia de estimular a liberdade de uma vida leve para homens que procuravam se conhecer e não se definir, vivendo experiências, pessoais e respeitando as diferenças. A Cisco. representa a vontade de ter roupas dentro da realidade ensolarada da capital cearense, em que o mar se mistura a prédios altos, sem perder de vista o meio ambiente e a possibilidade de ser sustentável. Se desafiando em fortalecer os fornecedores locais, minimizando desperdício nos processos e conseguindo um preço justo junto a isso. A Cisco. vem para libertar vontades e desejos de cada homem sem que ele se sinta pressionado a se encaixar na sociedade, mas possa se descobrir em peças confortáveis e detalhes.
Alan Araújo (Juazeiro do Norte – Ceará)
Uma pequena coleção com o mesmo gostinho de abrir um álbum de família. Mergulhando numa narrativa contada por excêntricos e boêmios personagens, repletos de sedução, memórias e afetos, o designer Alan Araújo apresenta criações autorais em joias e vestuário.
SERVIÇO
Espaço Novo Design Senac no DFB FESTIVAL 2017
Data: 09 a 12/05
Horário: 16h às 22h
Local: Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza
Site: http://dfhouse.com.br/
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Evento Gratuito