O cartão facilita a vida do empresário, diminuindo a burocracia e o acesso aos recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE). O presidente da FIEC, Beto Studart, ressalta a importância dos recursos para o setor produtivo. “O fundamental é que os recursos do FNE sejam aplicados, efetivamente e de modo menos burocrático, para que possam atender verdadeiramente às demandas do setor produtivo, incrementando o desenvolvimento da nossa região e reduzindo as desigualdades regionais.”
O FNE é uma conquista da região e da sociedade nordestina, afirmou o presidente do Banco do Nordeste, Marcos Holanda. Ele explicou que o FNE foi criado como um compromisso com a região, de oferecer condições diferenciadas de financiamento para as empresas nordestinas. “Nosso compromisso é contratar o financiamento, em todos os setores, de forma homogênea para municípios de todos os estados, eficientemente para empresas e cidadãos, com ética. O cartão dará ainda mais competitividade às empresas e aos negócios”.
A união pela redução das desigualdades da região foi destaque nas falas dos líderes classistas e governadores. Camilo Santana, governador do Estado do Ceará, disse que o cartão é uma iniciativa que vem em um momento muito importante, que anima o setor produtivo ao permitir que micros, médios e grandes empresários se beneficiem. “Nos últimos 10, 15 anos, o nordeste tem sofrido muito, com o aumento de desemprego e redução na economia. É muito importante essa parceria para encontrar os caminhos e soluções para a nossa região”.
O presidente da FIEC, Beto Studart, destacou que o objetivo primordial deste momento é promover o desenvolvimento de uma região que historicamente se mantém numa posição de desvantagem econômica, a despeito da extraordinária capacidade de seu povo de pensar, de produzir, de empreender, de gerar conhecimento e de superar adversidades. “Se não fizermos uma precisa intervenção, nossos filhos, netos e bisnetos verão perpetuar essa desigualdade que prejudica toda a sociedade, especialmente aqueles que tem menor condição para superar. Estamos aqui, juntos, portanto, para renovar um importante compromisso que nossa nação firmou na Constituição de 1988, quando criou-se o FNE.”
Cartão FNE
Uma das vantagens é parcelar a aquisição de máquinas, veículos e equipamentos em até 72 meses, com direito a bônus de adimplência de 15% sobre os juros do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
Com o novo produto será possível realizar contratações no âmbito das linhas de longo prazo e capital de giro do FNE. O Cartão FNE também permite financiar a compra de matéria-prima, insumos e mercadorias necessárias à constituição de estoque. O cliente poderá utilizar o Cartão FNE para obter financiamentos com recursos do Fundo Constitucional para investimento ou capital de giro.
Voltado neste primeiro momento para empresas de micro e pequeno porte, o Cartão FNE permite, com base em uma linha de crédito rotativa e de limite pré-aprovado, o financiamento para aquisição isolada de bens de produção, insumos e mercadoria para estoque (no caso de empresas comerciais). O pagamento poderá ser parcelado em até 72 meses, a critério do cliente no momento da compra.
São alguns dos bens financiáveis: veículos, móveis, utensílios, máquinas, equipamentos, além de matéria prima e insumos para a indústria, insumos utilizados por empresas turísticas e de prestação de serviços e mercadorias destinadas à constituição de estoques de empresas comerciantes.
FNE
Operacionalizado pelo Banco do Nordeste, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) foi criado em 1988 como instrumento de política pública federal que objetiva contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Nordeste.
Provido de recursos federais, o FNE financia investimentos de longo prazo e, complementarmente, capital de giro ou custeio. Além dos setores agropecuário, industrial e agroindustrial, também são contemplados com financiamentos os setores de turismo, comércio, serviços, cultural e infraestrutura.
- postado por Oswaldo Scaliotti