Para celebrar a arte, para comemorar a diversidade e os encontros. O Festival Concreto – Festival Internacional de Arte Urbana chega em sua 5ª edição. Ação cultural importante no calendário nacional, o evento acontece de 16 a 24 de novembro, em Fortaleza, e traz novidades nesses seis anos de existência e resistência: as intervenções e demais atividades estão todas concentradas, nesse ano, no centro da cidade. É centralidade, mas é também periferia, é a Arte Urbana encontrando novos e velhos fluxos, caminhadas, trajetos, atalhos, convidando para ocupar ainda mais, para ressignificar, para estar presente nesse lugar já tão presente, que é tão a nossa cara. Você tem ido ao Centro da Cidade? Pois o Festival te convida para estar, para participar, se envolver, subir trincheiras, fazer barricadas com arte e cultura, com tinta, com pintura, com intervenções, com sons, com afetos, com amor.
O Festival Concreto é o primeiro Festival Internacional de Arte Urbana realizado no Nordeste e que tem destaque e reconhecimento nacional e internacional, reunindo a cultura urbana de sete países das Américas e Europa. O evento com a idealização do Narcélio Grud é gratuito e as ações acontecem de forma simultânea. A programação estará em breve disponível no site oficial do evento.
O Festival Concreto – Festival Internacional de Arte Urbana é uma realização da Amplitude – Escola de Arte Urbana, Flexos Artes e Instituto Ambiente Cultural e Inclusão Social (IACIS). Conta com apoio da Oi Futuro, Goethe Institut, Instituto Dragão do Mar e Porto Iracema das Artes e apoio institucional do Governo do Estado do Ceará através de Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT) e parceria com Viva o Centro, Instituto Iracema e Secretaria de Cultura de Fortaleza (SECULTFOR), além de agradecimento a Oi.
CONCEITO
Nesses 6 anos de existência, o Festival Concreto – Festival Internacional de Arte Urbana já realizou vários fluxos e passeios por Fortaleza, outras cidades do interior do Ceará e outros países num traçado que experimenta, oferta, cria e inova – instalações, pinturas, muros, intervenções em diversos bairros: na orla, no centro, nas periferias, em todo canto, um tanto de arte, um canto que grita. O Festival já esteve presente na Praia de Iracema, nas ruas centrais, no bairro Bom Jardim, na Leste-Oeste, nos Centros de Internação, nos prédios, nas feiras… Em 2018, o evento traz o Centro da Cidade para a sua centralidade – as ações estarão todas lá. Um convite para ocupar (ainda mais), para estar onde todos estão, artes vistas e sentida por todos, quem passa no ônibus, quem vem comprar e vender, pro trabalhador, para o cidadão que flerta, o flâneur, o andarilho. O Festival de todos, para todos, de todas para todas.
PROGRAMAÇÃO
A programação do Festival Concreto – Festival Internacional de Arte Urbana segue incrível, celebrando os 6 anos do evento e trazendo ainda mais novidades. Além das já tradicionais pinturas, instalações e intervenções, teremos outras linguagens artísticas convidadas – novos(as) personagens chegando nesse fluxo para encontrar arte urbana não só com a tinta, com o papel, com o cimento, mas também com a música, com as ilustrações, com muros, com outras tantas possibilidades. E possibilidade é o que não falta!
O Festival Concreto apresenta também e segue com importantes projetos nessa edição: os Sonoros Muralistas / Muralistas Sonoros, a Caravana Concreto, a apresentação da Carruagem Concreto, as Tiras Urbanas e o lançamento do Curso Técnico de Arte Urbana, da Escola Amplitude de Arte Urbana.
Um outro forte do Festival são as ações formativas que seguem neste ano: são debates, rodas de conversas, palestras com artistas e convidados(as) sobre diversos temas – arte, desafios, design, conceito, momentos para trocas de saberes, interações, conhecer mais o trabalho dos nossos artistas, saber mais das técnicas, das histórias de vida, de criação e trajetos, entender mais sobre as políticas públicas, sobre arte e patrimônio.
E como já é tradição, a programação privilegia os encontros e as festividades, momentos para contemplação dos trabalhos, para celebração – a abertura e a festa de encerramento acontecerão no Centro da Cidade e prometem importantes, extraordinários encontros.
PARCEIROS
O Festival Concreto – Festival Internacional de Arte Urbana não anda só, vem sempre em boa companhia, com diversas parcerias. Confiram algumas importantes:
A Casa de Cultura Alemã da UFC e o Instituto Goethe são parceiros, mais uma vez, do Festival Concreto e trazem à capital cearense conhecidos artista da cena do grafite na Alemanha. O Festival acontecerá de 16 a 24 de novembro, com oficinas, shows, exposições, palestras e diversas ações de pintura realizadas em diferentes espaços da cidade.
SPRACHE. KULTUR. DEUTSCHLAND. O Goethe-Institut é o instituto cultural de âmbito internacional da República Federal da Alemanha. Promovendo o conhecimento da língua alemã no exterior e o intercâmbio cultural internacional e transmitindo uma imagem abrangente da Alemanha através de informações sobre a vida cultural, social e política em nosso país. Os programas culturais e educacionais promovem o diálogo intercultural e permitem a participação cultural. Fortalecem o desenvolvimento de estruturas da sociedade civil e promovem a mobilidade global.
Com a rede de Goethe-Institute, Goethe-Zentren, centros culturais, salas de leitura e centros de línguas e exames o grupo, há mais de 60 anos, é o primeiro contato de muitas pessoas com a Alemanha. A parceria de longa data com as principais instituições e indivíduos em mais de 90 países gera uma confiança duradoura.
Saiba mais: https://www.goethe.de/ins/de/pt/index.html
Uma outra parceria importante de destacar é com a Gamma Galeria (México). Um espaço onde múltiplos ramos da arte convergem entre si para criar um diálogo em torno da estética e da teoria a partir de uma perspectiva atual.
Saiba mais: https://www.facebook.com/GammaGaleria/
Mais uma parceria, agora com a ACD – Associação Ceará Design que traz para Fortaleza, juntamente com o Festival Concreto, uma palestra com Guto Lacaz. Narcélio Grud, idealizador do Festival Concreto, compõe a diretoria da ACD.
As ações de formação contam com a realização do Festival Concreto e responsabilidade da Amplitude Escola de Arte Urbana, atividades com foco em diversas ações formativas: debates e rodas de conversa com os convidados: Guto Lacaz e Monica Nador.
ARTISTAS
Nesta edição, o Festival Concreto terá uma série de artistas internacionais que estarão pela primeira vez no Brasil, caracterizando uma edição de estreias! Além dos estrangeiros, como de praxe, a curadoria do evento apresentará também nomes nacionais e locais. Confira abaixo algumas das confirmações.
INTERNACIONAIS
SAT ONE – Parceria Instituto Goethe (ALEMANHA)
Há uma serenidade rara na arte SatOne. Ele é um artista da Alemanha que é inspirado por muito mais do que apenas o seu entorno imediato, seguindo as muitas viagens que realizou até agora. Abstrato na natureza, sua arte é, de fato, uma expressão de sensibilidade presente em objetos, mas que pode ser “vista” apenas em um nível instintivo. A sensualidade colorida de suas obras continua a narração de exquisiteness do artista que se esconde da observação direta, sendo percebida apenas através da reflexão. SatOne é um nome artístico de Rafael Gerlach, nascido em 1977 na Venezuela. Desde 1979, ele mora em Munique, e essas primeiras viagens pareciam anunciar que as viagens serão uma parte importante de sua vida. Uma das viagens que ele realizou no início dos anos 90 chamou a atenção do grafite. Ao viajar para o centro da cidade de Munique, ele notou paredes borradas que o atraíram a se juntar à cena de arte urbana local como SatOne. Treinado como designer gráfico, ele frequentemente viajava para destinos distantes em busca de inspiração. Sua arte não é perturbadora de seu entorno, como muitas expressões de rua são, mas é, em vez disso, integral para eles. Seus trabalhos de estúdio, no entanto, permitem um maior grau de experimentação, tanto em estilo e técnicas que ele implanta. A partir de 2000, ele desenvolveu um estilo abstrato distinto, que começa com a figuração e objetos, mas os campos de cor que se desenvolvem a partir dele superam quaisquer referências ao mundo vivo.
Substituindo Linguagem por Sensações
Os trabalhos de SatOne nas ruas, quando comparados com os de seu estúdio, contêm certas distinções estilísticas, principalmente a incapacidade de usar técnicas de estúdio no exterior. No entanto, seu estilo, em geral, abrange os mesmos tópicos, lidando com representações impressionistas da nossa realidade. Objetos em suas obras de arte estão presentes, mas não em formas com as quais estamos familiarizados. Eles existem como impressões, como campos de cor que convidam a interpretações baseadas em valor sentimental e sensações. A atmosfera está guiando os espectadores a apreciar a essência dos objetos, em vez de sua representação realista. A mente subconsciente e as ressonâncias que ela pode captar, parecem ser de interesse primordial para SatOne, que se distancia do privilégio da interpretação – ele abre um espectro mais amplo de possíveis
www.satone.de
instagram: @satone
https://www.youtube.com/watch?v=WxYxx4CDsZg
https://vimeo.com/71053649
https://vimeo.com/242543036
TEC (ARGENTINA)
A combinação de suportes e técnicas é a tônica do trabalho do artista argentino, que faz da rua sua fonte de inspiração estética. Tec explora a ambiguidade dos espaços públicos e privados da arte, usando métodos diversos: intervenção performática, instalação de site-specific e filmagem de ação. O artista inovou e ampliou o cenário da arte urbana com seus desenhos gigantes pintados no asfalto das ladeiras de São Paulo, fazendo uso da perspectiva a distância. Usando o piso como suporte para seus grafites, incorporou o drone como ferramenta para a sua produção. Séries de vídeos-drones foram criadas a partir de figuras pensadas, especialmente, para essa técnica. Nas telas, ele une a velocidade da action painting ao rigor formal das camadas que se sobrepõem. Seu traço e o manejo da cor fogem ao conhecimento estabelecido e à aparência das coisas para instaurar pelo ato criativo uma nova interpretação do real. Suas obras reverberam e reafirmam sua relação com a cidade, expressa num intenso diálogo entre a ação e o controle. No conjunto de sua produção, manifesta-se uma notável identificação com o universo poético infantil, seja nos grafismos, seja nas imagens, seja nas cores. Conhecido internacionalmente com a mostra “De Dentro e De Fora”, realizada em 2011 no Museu de Arte de São Paulo (Masp), Tec expôs seus trabalhos em outras instituições de grandes cidades, como Nova York, Washington, Barcelona, Berlim e Colônia, e participou de feiras de arte, entre as quais ArteBa, SP-Arte, ArtRio, Art Busan (Coreia do Sul) e Scope Miami Beach.
Site: tecfase.com
IG: @tecfase
facebook.com/tecalbum
NACIONAIS
MAGRELA (SP)
Mag desde menina observava seu pai pintando telas em casa, o que serviu de grande inspiração. Apenas a partir de 2007, as ruas passaram a servir de base para os desenhos acumulados nos cadernos da artista. Desde então seus trabalhos se espalham pelas cidades, sobretudo nas ruas de São Paulo, mas também em Belo Horizonte, Rio de janeiro, Salvador,
Natal, Lisboa, Londres e Nova Iorque.
Seu trabalho é marcado pelo uso da intuição e espontaneidade. Mag se inspira na euforia urbana de São Paulo para transitar por temas que falam sobre culturas brasileiras – suas personagens convidam a todos a contemplarem questões que nos rodeiam: a fé, o profano, o ancestral, a batalha do dia-dia, a resistência, a busca pelo ganha-pão, o feminino. A artista transita entre linguagens, conhecida por seus murais urbanos (grafitti), Mag também se encontrou em telas, escultura em argila, assemblage, bordado, performance, poesia e música – ampliando os espaços para experimentações artísticas e de pesquisa.
www.magcrua.blogspot.com.br
www.flickr.com/magritcha
www.facebook.com/magrela.mag
NALDO (MA)
Naldo Saori como assina o “Muralista” Maranhense, teve seu primeiro contato com spray no ano 2000 através da pichação, no mesmo ano começou a desenvolver o graffiti pela cidade de São Luís – MA. Atualmente suas construções criativas baseiam se na arte RAMA, onde trabalha o poder das formas e elementos do meio ambiente para criar um universo simbólico de conexão entre Obra – Espaço – Observador. Têm como característica marcante, seu repertório de personagens femininos com traços orientais, que em harmonia contrastam com simbolismos, formas abstratas, grafias e cenários surreais, com apelo ao lúdico e a traços simples, elaborados a partir de um processo de ritual de criação. Ao longo de 18 anos de arte já expõe seus trabalhos em capitais do Brasil e no exterior como no México e Colômbia.
LOCAIS
WÁ COLETIVO (CARIRI)
O Wà Coletivo que se formou em setembro de 2018 a partir de uma oficina de bordado urbano na cidade do Crato, no Cariri cearense. Desde então, vem realizando intervenções na região do Cariri e em Portugal. Wà significa “caminhar” na língua indígena Kariri. Somos um coletivo de mulheres diversas que caminhamos juntas levando a práticas técnicas artesanais do espaço doméstico e íntimo para o espaço urbano, para suportes não convencionais e em proporções variadas. Comunicamos sobre tudo do que os nossos corações estão cheios.
DIEGO MAIA
Inspirado pela cidade e os símbolos coletivos, Diego Maia ilustra em forma de alegorias, impressões que buscam dialogar com o inconsciente. Trabalha há 15 anos no mercado de publicidade, games e cinema. Passou por produtoras como Vetor Zero, Technoimage, Tribbo-Post, Hoplon Infortainment, The Aaron Sims company e Vigil Games. Hoje trabalha principalmente em pré-produções desenvolvendo conceitos, storyboards e ilustrações, além do trabalho pessoal com pintura figurativa e arte urbana. Suas influências vão dos quadrinhos e animes à pintura contemporânea.
GUDEBA
MANUEL VALDEBERTO QUEIROZ DE OLIVEIRA. Cearense, nascido em Cachoeira do Touro, Município de Jucás. Gudeba, como é mais conhecido no meio artístico, iniciou suas atividades artísticas em casa, no ano de 1977 no colégio onde estudava, participava de eventos da arte, onde trabalha com barro. 1983. Apareceu no Jornal do Bairro, como escultor e poeta, onde nascia o outro lado do artista. 1984. Teve sua arte exposta no antigo Panorama Artesanal. 1985. Participa de ato reivindicando um espaço ao vivo para trabalhar e apresentar seus trabalhos. 1986. Consegue a primeira Feira de Arte da Terra (Passeio Público). 1987. Consegue expor suas peças da Praia de Iracema e também no Salão Luminarte. 1991. Arte no viaduto. 1994. Viaja a Brasília para trabalhar na decoração de uma igreja, desta vez trabalho o auto relevo no cimento. 2004. Participa da Edição do Cine Ceará Produzido por Narcélio Grud – Tema: Diário de um louco – Gudeba. 2006. Participa da Inauguração da Companhia das Artes com vários artistas. 2006 2012. Realizando cenários, Participou vitrines, vários do grupo trabalhos pinturas, Amplitude isso como:em vários lugares, como: Guaramiranga, Baturité, Iguatemi, Centro de Convenções e no novo Centro de Eventos do Ceará e no Beach Park. 2013. Ceja. Expõe suas artes no Colégio. Hoje continua seus trabalhos, tanto em madeiras, esculturas, painéis de cimentos e pinturas.
LUCI SACOLEIRA
Luciene Lobo que assina como Luci Sacoleira é de Fortaleza. Tem formação em Arquitetura e Urbanismo e enveredou pelo caminho das artes visuais desde 2011, ano que criou a marca Sacoleira, cuja proposta inicial era desenhar e confeccionar personagens em pano. A partir daí, a imersão no universo lúdico gerou outras criações, ilustrações começaram a compor a linha de pôsteres da marca e surgiu um crescente interesse pela narrativa e pelo desenho editorial, bem como pela animação. Em algum momento do percurso, o apelido Luci, que traz dos tempos da faculdade, fundiu-se à Sacoleira e a artista passou a assinar todas as suas criações como Luci Sacoleira. Seus desenhos falam de um universo particular, de vivências e observações carimbadas na memória e que vem à tona no seu traço. Para Luci Sacoleira, experimentar as possibilidades do desenho é algo que impulsiona todo o processo de elaboração e de reinvenção do seu fazer artístico.
[ Pasta com fotos dos artistas:
https://drive.google.com/open?id=1MiM4_2njsmSaXOIkeXfKLrf2zcmf8u9k ]
Serviço:
Festival Concreto – Festival Internacional de Arte Urbana (5a edição)
16 a 24 de novembro
Fortaleza – Ceará