O Brasil gerou 129.601 vagas de emprego com carteira assinada em abril deste ano, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério da Economia nessa sexta-feira (24). O número foi o maior em seis anos e surpreendeu positivamente o mercado, cuja expectativa para a geração de postos de trabalho no quarto mês de 2019 girava em torno de 80 mil. O Ceará, no entanto, não teve um crescimento tão significativo quanto o Brasil. Embora o saldo de empregos formais no Estado tenha sido de 2.153 vagas em abril deste ano, o resultado foi menor que o registrado em igual mês de 2018, quando foram criados 3.098 postos de trabalho.
Para os analistas, o mercado de trabalho no País, de modo geral, deve voltar a crescer mais fortemente após a aprovação da Reforma da Previdência, que está em debate no Congresso Nacional. “Entendemos que a recuperação no mercado de trabalho continue lenta, pois o crescimento econômico não engrenou de fato. Os empresários estão aguardando a aprovação da Reforma da Previdência para investir. Passando a Reforma, nós esperamos um crescimento consistente no número de vagas de trabalho criadas no País”, avalia Fábio Dantas, sócio da V8 Capital, empresa de gestão de investimentos.
Setores
Conforme os dados do Caged, em abril deste ano, o Brasil apresentou crescimento em todos os oito setores da economia, com destaque para Serviços, onde foram gerados 66.290 postos de trabalho. Já no Ceará, o saldo ficou positivo em apenas cinco dos oito setores. O setor de serviços também foi o que mais criou empregos no Ceará em abril, com 1.801 vagas. Em seguida, aparecem indústria de transformação (662), comércio (226), serviços industriais de utilidade pública (74) e administração pública (37). O resultado ficou negativo nos setores de construção civil (-510), agropecuária (-135) e extrativa mineral (-2).
No ano, o Estado tem saldo negativo de 5.624 postos de trabalho. Já no Brasil, no acumulado de janeiro a abril de 2019, firam criados 313.835 empregos com carteira assinada, queda de 6,83% frente ao mesmo período do ano passado.