Dentro do Projeto Parto Adequado, as instituições participantes, em todo o Brasil, conseguiram evitar a realização
de mais de 10 mil cesarianas sem indicação.
Desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), com o apoio do Ministério da Saúde, o projeto Parto Adequado tem o objetivo de identificar novos modelos de atenção ao parto e nascimento, que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas sem indicação clínica em hospitais públicos e privados.
O Hospital São Camilo Cura d’Ars participa do projeto desde seu início. Na Fase 1, também denominada “piloto” o projeto contou com a adesão de 35 hospitais. Ao longo de 18 meses, foram alcançados resultados transformacionais, protagonizaram a criação de um novo modelo de assistência materno-infantil para o Brasil e evitaram a realização de 10 mil cesarianas sem indicação de acontecer.
Essa iniciativa visa ainda oferecer às mulheres e aos bebês o cuidado certo, na hora certa, ao longo da gestação, durante todo o trabalho de parto e pós-parto, considerando a estrutura e o preparo da equipe multiprofissional, a medicina baseada em evidências e as condições socioculturais e afetivas da gestante e da família.
Para o Diretor Administrativo do Hospital, Aldenis Machado, esse novo modelo de assistência adotado pelo Hospital São Camilo está baseado nas boas práticas em obstetrícia e na humanização do parto e nascimento. Essa iniciativa resulta no estímulo ao parto normal, respeitando os desejos da gestante, com mínimas intervenções e fazendo a mulher ser protagonista do momento.
Segundo a Coordenadora Médica do Centro Obstétrico do Hospital São Camilo, Laura Helena Silva Araújo, humanizar é acreditar na fisiologia da gestação e do parto; é respeitar esta fisiologia, e apenas acompanhá-la; é perceber, refletir e respeitar os diversos aspectos culturais, individuais, psíquicos e emocionais da mulher e de sua família; é devolver o protagonismo do parto à mulher; é garantir-lhe o direito de conhecimento e escolha.
“A instituição passou por diversas mudanças para se adequar a esse novo modelo, entre elas o fim das cesáreas agendadas antes de 39 semanas de gestação, o que reduz os internamentos na UTI neonatal; a introdução da equipe multidisciplinar na assistência ao trabalho de parto, com a participação ativa da enfermagem obstetra; mudança e treinamento da equipe para o exercício da humanização. Com isso somos referência em parto humanizado no Estado”, afirma Dra. Laura.