Casas inteligentes, equipamentos controlados por voz e aparelhos de realidade aumentada lideram a lista de eletrônicos que mais se expandirão
Além de estar presente ativamente na indústria, sistema financeiro, telecomunicações e outros setores fundamentais da economia, a tecnologia eletrônica também cada vez mais faz parte do dia-a-dia das pessoas. Mas quais seriam as três principais tendências que terão seu uso ampliado pelos consumidores em 2018? Artur Ziviani, membro sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e pesquisador do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, instalado em Petrópolis, aponta as principais:
- Equipamentos e aplicativos para casas inteligentes: esta nova tecnologia substitui, por exemplo, interruptores e tomadas tradicionais por aparelhos que oferecem três canais de alimentação diferentes, capazes de controlar lâmpadas dos ambientes ou aparelhos elétricos tradicionais, como uma cafeteira conectada à internet, o que permite ligá-la ou desligá-la à distância.
- Dispositivos controlados por voz: hoje já uma das tecnologias mais populares, as chamadas interfaces conversacionais podem oferecer 15.000 habilidades que podem variar de funções básicas para experiências mais complexas. Além disso, esses equipamentos permitem videoconferências entre os usuários.
- Aparelhos de realidade aumentada (augmented reality): esta tecnologia permite que o mundo virtual seja misturado ao real, possibilitando maior interação e abrindo uma nova dimensão na maneira de executar tarefas, mesmo aquelas incumbidas às máquinas. Suas aplicações vão desde a criação de jogos interativos até a melhoria de processos cirúrgicos quando médico está distante do paciente ou a facilitação de manutenção de carros pelo próprio proprietário.
Os chamados “eletrônicos de consumo” (em tradução livre de Consumers Electronics) evoluíram bastante nos últimos anos e, para a próxima década, devem se tornar cada vez mais integrados entre si, consolidando a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) como um cenário comum nos lares, prevê Ziviani. Mostradores flexíveis e realidade aumentada, sobretudo, se destacarão nesse contexto por uma maior expansão em seu uso.
Mas o avanço tecnológico também acarreta desafios para que seu uso ocorra de maneira positiva e benéfica aos consumidores. Por isso, Ziviani recomenda que desenvolver sistemas com maior segurança e privacidade deve ser um objetivo central, assim como oferecer equipamentos confiáveis a um custo acessível ao maior número possível de pessoas. Caso essas orientações sejam seguidas, Ziviani prevê maior expansão da realidade aumentada nos eletrônicos de consumo, assim como de “equipamentos vestíveis”, que incluem pulseiras, braceletes, relógios, óculos, anéis, trajes e dispositivos facilmente acoplados ao corpo, hoje já uma aposta das grandes empresas do mercado eletrônico.
- postado por Oswaldo Scaliotti