O Índice de Preços da Ceasa Ceará (IPCE), pesquisa que analisa o preço de 65 produtos do mercado atacadista de Maracanaú, registrou 18% de aumento na cesta básica, no acumulado de novembro de 2018 a novembro de 2019. Outro setor que teve aumento no período foi o de Raiz, Bulbo e Rizoma (+14,66%). Em queda, os setores de Frutas (-0,90%), Hortaliças Fruto (-4,63%) e Folha, Flor e Haste (-5,81%). No geral, o aumento acumulado de todos os setores foi de +8,32%.
Comparando os meses de outubro e novembro deste ano, as frutas que tiveram maior queda em seus preços foram o melão amarelo (-29,07%), o melão japonês (-19,19%), a banana pacovan e prata (-12,15%) e a manga tommy (-8,45%). Já as campeãs de aumento de preços foram o maracujá azedo (+23,30%), o abacate (+17,21%), a melancia (+16%) e o abacaxi (+9,62%).
No setor de Folha, Flor, Haste, os produtos que tiveram queda em seus preços foram a alface (-13,40%), o coentro (-3,35%) e a cebolinha (-2,62%). Já a couve flor registrou aumento de +11,05%, seguida do repolho híbrido que subiu + 9,55.
Na categoria de Hortaliças e Fruto, a maior queda de preços registrada foi da vagem
(-10,14%) e da pimenta de cheiro (-5,97%). Já os que registraram maior aumento foram o pimentão verde (+23,54%), a abóbora caboclo (+10%), o tomate longa vida (+9,11%) e o feijão verde (+5,47%).
A batata inglesa lidera a queda de preços no setor de Raiz, Bulbo, Rizoma atingindo o percentual de – 20,50%, seguida da cebola pêra (-12,07%) e da cebola roxa (-9,41%). Já a beterraba teve um aumento de +2,35% no seu preço.
Dentre os itens da cesta básica, os maiores aumentos registrados foram no preço do feijão de corda (+19,48%), carne suína (+11,62%), feijão carioquinha (+6,89%), carne bovina (+5,45%) e farinha de trigo (+3,48%). E dentre os produtos que tiveram seus preços em queda estão o açúcar cristal (-2,89%), o leite longa vida (-1,36%) e o arroz beneficiado (-1,08%).
De acordo com Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa-CE, o feijão de corda e carioquinha, este último o mais consumido no Brasil, o aumento nos preços dos produtos deve-se ao período de entressafra. “Como a nova safra só deve chegar dentro de 90 dias, o preço do feijão seguirá elevado,” destaca ele.
Ainda segundo Girão, o aumento no preço da carne, tanto a bovina quanto a suína, deve-se aos menores abates para o mercado interno e a grande exportação para a China, um dos maiores compradores da carne brasileira. “Por isso, o mercado local vem recebendo carne em menor escala, provocando o aumento no preço do produto,” destaca ele.