O aumento do volume de resíduos sólidos gerado no Brasil levou o país a ocupar o quinto lugar na lista de maiores produtores de e-lixo no mundo. Anualmente, são cerca de 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico descartado, segundo a estimativa da Plataforma para Aceleração da Economia Circular (Pace), sendo que apenas 3% do material coletado tem um destino correto.
Cada vez mais necessário, o descarte correto de resíduos eletrônicos – como celulares, fones, baterias, pilhas, notebooks, tablets, mouse, teclado e fios – garante a destinação de itens que não são mais utilizados, ao mesmo tempo em que reduz o impacto ambiental.
“Muita gente não sabe onde e qual a maneira correta de descartar esses materiais e acabam muitas vezes guardando em casa ou então fazendo o descarte inadequado. Nesse sentido, é importante atuar na conscientização de moradores de condomínios e implantar espaços para a coleta desses materiais ou indicar locais que recebam lixo eletrônico”, comenta o síndico Mauro Cavalcante.
No condomínio gerenciado por ele há um espaço destinado a receber componentes que são nocivos ao meio ambiente, como baterias e pilhas. O objetivo é garantir que estes itens sejam separados do lixo comum ou orgânico e tenham um destino correto.
Para o presidente da Associação das Administradoras de Condomínios do Estado do Ceará (Adconce), Marcus Melo, se torna cada vez mais importante a criação de pontos de coleta desses materiais dentro dos condomínios.
“O descarte correto de lixo eletrônico, e até mesmo de materiais recicláveis, é sempre defendido como um dos pontos essenciais para uma gestão mais sustentável e consciente dos condomínios. Atitudes como essa ajudam até aqueles vizinhos mais ocupados ou esquecidos, que poderão deixar esse tipo de lixo em um local seguro. Isso gera benefício para todos”, afirma Marcus Melo.