Elas ensinaram ao mundo que força e poder de mães guerreiras não conhecem limites e exemplos assim servem de inspiração para comemorar o Dia das Mães, neste domingo (10/5). O Instituto Nordeste Cidadania (Inec) traz duas histórias de mães do interior do Ceará que sustentam suas famílias e que, durante esse período de pandemia, precisam ser ainda mais fortes para enfrentar as dificuldades financeiras.
Atividade que antes complementava a renda da família em Itapiúna, hoje é a principal fonte de sustento da casa de Jucileide Freire. Com o curso de bolos que fez pelo Inec e Senac ela, junto com o marido, agora faz bolos diversos a partir de R$ 10,00. Antes da pandemia seu marido trabalhava todos os dias como motorista mas, por conta da necessidade, aprendeu a fazer bolos com Jucileide e tornou-se sócio no negócio. “Somos quatro pessoas na minha casa e, diante das dificuldades desse momento, tivemos que mudar tudo e ampliar a venda dos bolos. Antes as encomendas eram apenas para aniversários e festas na comunidade, agora faço bolos caseiros com ajuda do meu marido e entregas em domicílio. Meu Dia das Mães deste ano com certeza será especial e diferente porque sei que faço a diferença para mim, minha família e para o mundo”, disse Jucileide.
A mais de 200 km distante de Fortaleza, a serra de Meruoca é outro cenário de uma história emocionante de perseverança e luta. Sergilvanda Rodrigues, mais conhecida como “Serja”, moradora da comunidade de São Gonçalo, trabalha como doméstica em Sobral e sustenta parte da família composta por sete pessoas. Com o isolamento social, as dificuldades financeiras apareceram e ela teve que se reinventar para driblar os problemas diários. “Com o meu salário eu pagava algumas despesas da casa e trazia alimento para não passarmos fome. Hoje, sem ter como ir ao trabalho, recebo doação de cestas básicas e produtos de higiene do Inec e, graças a essa ação, melhorou um pouco as coisas para a minha família. Tivemos que nos adaptar ao mundo digital para que os trabalhos da associação não parassem e sempre informando a todos sobre a importância do isolamento social e de higienizar as mãos corretamente. Agradeço de coração ao Inec pela doação que veio numa boa hora e só peço a Deus muita saúde para todas as pessoas. Logo tudo isso vai passar”, desabafa Sergilvanda.
De acordo com a diretora Administrativa Socioambiental do Inec, Helda Pereira Lima, essas são apenas duas das muitas das histórias de mães, mulheres guerreiras, que estão tentando manter o sustento para suas famílias e enfrentar esse momento com muita fé e coragem. “Os cursos promovidos pelo Inec nas cidades do interior do Estado foram essenciais para que muitas mães se reinventassem durante esse período. Algumas participaram de curso de corte e costura e estão fabricando máscaras; outras fizeram permacultura para sustentarem a família com alimentos do plantio próprio e receberam orientações de empreendedorismo para conseguirem gerir o próprio negócio. Além disso, as doações de cestas básicas e kits de higiene que o Inec vem promovendo em algumas cidades, minimizou o sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social”, afirma a diretora.
Sobre o INEC
O Instituto Nordeste Cidadania (INEC) surgiu em 1993 como Comitê de Ação da Cidadania para realizar ações emergenciais, como doações de cestas básicas, roupas e brinquedos para pessoas em situação de vulnerabilidade. Em 1996, a iniciativa constituiu-se como Organização Não-Governamental (ONG) e, em 2003, foi qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). O INEC tem como missão promover a cidadania por meio de programas socioambientais e de microfinanças com o objetivo de fomentar o desenvolvimento sustentável. Para atingir este objetivo, a instituição é parceira do Banco do Nordeste na operacionalização dos programas Crediamigo e Agroamigo, além de desenvolver os programas socioambientais INEC Juventude, INEC Cultura, INEC Território e INEC Tecnologia.