Relatório desenvolvido por Cervejaria Ambev e Falconi mostra que os motociclistas foram as principais vítimas. Apesar disso, cenário mostra melhora: total de óbitos caiu 10% na comparação anual
Em 2016, 2.083 pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito no Ceará. Destas, a maior parte era de motociclistas (47%), seguidos por usuários de carro (28%) e pedestres (19%). Caminhões e ônibus completam a estatística, com 6%. Os números regionais mostram, no entanto, que o cenário vem melhorando: de 2015 para 2016, a número absoluto de fatalidades caiu 10%. Apesar disso, atualmente, o índice de mortos por 100 mil habitantes está em 23,2, acima da média nacional.
Com um dos trânsitos mais violentos do mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil deu um passo importante e registrou o menor índice de óbitos nas vias brasileiras em 12 anos. No último levantamento, a taxa foi de 18,4 por 100 mil habitantes. Em 2005, o índice de mortalidade no trânsito foi de 19,7, e, em 2012, atingiu seu auge, com 23,5. Apesar dessa melhora, o país ainda está longe de poder comemorar: foram registrados mais de 38 mil óbitos decorrente de acidentes de trânsito em 2016. Os dados constam na quinta edição do relatório “Retrato da Segurança Viária”, desenvolvido pela Cervejaria Ambev em parceria com a consultoria de gestão Falconi com o objetivo de auxiliar a elaboração de políticas efetivas de combate aos acidentes de trânsito.
Ao longo desses cinco anos, o “Retrato de Segurança Viária” se consolidou como a principal fonte de informações sobre segurança viária no Brasil. O ano de 2018 foi marcado por importantes avanços, como a parceria inédita com o Ministério das Cidades e o Instituto Tellus para replicar o modelo para o restante do Brasil, melhorando a gestão da segurança viária e contribuindo para a implementação do PNATRANS – Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito.
A Cervejaria Ambev entende que o consumo de bebidas alcoólicas associado à direção é um fator de risco importante para acidentes, por isso a segurança viária está entre suas principais bandeiras. Além de promover campanhas de conscientização pelo consumo inteligente de seus produtos, a cervejaria liderou a criação de uma coalizão com agentes privados, públicos e do terceiro setor para melhorar a gestão da segurança viária no Brasil. Essa parceria já resultou em iniciativas no estado de São Paulo, com o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, e no Distrito Federal, com o Brasília Vida Segura. Frente às conquistas desse modelo, a AB Inbev, grupo o qual Cervejaria Ambev faz parte, em parceria com a UNITAR (Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa), expandiu a atuação desses projetos para República Dominicana, Índia, África do Sul e China.
“Nós sabemos que o cenário ainda é crítico, mas vem mostrando uma melhora. Desenvolvemos o Retrato de Segurança Viária para auxiliar o poder público a desenvolver projetos e medidas que contribuam com a redução dessas mortes, oferecendo as informações necessárias para a identificação dos pontos críticos que precisam ser trabalhados. Sabemos que o consumo de bebidas alcoólicas associado à direção é um fator de risco para acidentes, e assumimos nossa responsabilidade para reverter esse quadro”, explica Andrea Matsui, gerente de sustentabilidade da Cervejaria Ambev.
Assim como no ano anterior, em 2016 todas as regiões do país registraram redução nos óbitos por acidentes de trânsito, tanto em valores absolutos como relativos. Porém, o crescimento do número de feriados é alarmante, desde 2008 esse índice aumentou em 104,7%. 208.615 pessoas foram envolvidas em acidentes não fatais.
O impacto econômico também é bastante expressivo: em 2016, gastou-se no Brasil cerca de R$ 18,9 bilhões com óbitos e feridos no trânsito. Somente os óbitos custaram R$ 10,5 bilhões, enquanto os feridos drenaram R$ 8,4 bilhões em recursos públicos. O levantamento revela um fenômeno preocupante: entre 2005 e 2016 o gasto com feridos cresce a um ritmo muito superior ao do gasto com óbitos. Enquanto em 2005 os feridos custavam cerca de metade do valor dos óbitos, em 2016 a diferença caiu para 20%
O levantamento apresenta um panorama completo sobre a situação viária nacional, com as informações mais atualizadas disponíveis, obtidas por meio do cruzamento único de dados da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), da Confederação do Transporte (CNT), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Óbitos por região
A região Sudeste obteve a maior redução nos últimos 5 anos. Foram 12.423 mortes no trânsito em 2016, 24,1% menos que em 2011, quando ocorreram 16.374 óbitos. A região teve, também, o menor índice de óbitos por 100 mil habitantes (14,4). Na região Sul, o número de mortes caiu cerca de 19% no mesmo período. O índice por 100 mil habitantes na região, que já foi o segundo pior, agora está em terceiro lugar (20,5). O índice de óbitos por 100 mil habitantes do Centro-Oeste brasileiro equivale ao da África do Sul (25,1), um dos piores do mundo. Em números absolutos, houve uma queda de 11,4% em relação a 2011. Em proporção à população, o avanço foi mais notável: verificou-se uma diminuição de 19,5% no índice por 100 mil habitantes.
A região Norte, segunda menos populosa do Brasil, teve o menor número absoluto de óbitos no trânsito. A diminuição no número de mortes, porém, foi de apenas 0,6% nos últimos 5 anos. Um desempenho abaixo na média nacional também foi observado no Nordeste, cujo número de óbitos passou de 12.409 para 12.125, uma redução de apenas 2,3% no período.
Chama a atenção que oito capitais estaduais concentram 12% dos óbitos em acidentes de trânsito no Brasil. Entretanto, com exceção do Rio de Janeiro, que apresentou forte alta de 23% na comparação anual, todas as demais registraram queda. Em São Paulo, o número de óbitos caiu 12% no período, saindo do patamar de quatro dígitos. Outras capitais que registraram redução significativas foram Fortaleza (-12%) e Recife (-6%). Brasília (-1%), Goiânia (6%), Teresina (-2%) e Belo Horizonte (-5%) completam a lista.
Perfil de maior risco – Motociclistas
Com exceção do Sul e Sudeste, os motociclistas lideram as estatísticas de óbitos em todas as regiões do país. Tais mortes, que em 2015 correspondiam a 39% do total, saltaram para 41%. Em números absolutos, 12.086 motociclistas morreram em 2016, um aumento de 101,6% nos últimos 12 anos. No mesmo período, a frota de motos teve um salto de 210%. A vida de apenas 41 deles foi poupada em comparação com 2015. As duas regiões citadas acima também são as únicas em que a proporção de acidentes fatais com motos não cresceu na comparação anual.
“É com informações confiáveis que conseguiremos endereçar o problema diretamente. Temos um exemplo bem sucedido de coleta e cruzamento inteligente de dados no Distrito Federal, que ajudou na implantação de bolsões de motociclistas e a identificar o potencial de acidentes antes mesmo que acontecessem.”, explica Daniel Oliveira, sócio da Falconi. “Sabemos que, apesar do avanço, o cenário brasileiro relativo a segurança no trânsito ainda está longe do ideal. A Falconi tem trabalhado este tema há alguns anos, em parceria com a Ambev, e percebeu que uma das principais dificuldades para a gestão da segurança no trânsito deve-se a ausência de informações confiáveis. Alguns estados têm feito um bom trabalho, mas ainda temos um bom espaço para melhorar.”
Entre os principais fatores de risco estão: dirigir sob o efeito de álcool, excesso de velocidade, não usar capacete (motociclistas e ciclistas), não usar o cinto de segurança e não usar as cadeirinhas para crianças. Segundo a ONU, a chave para a redução da mortalidade no trânsito é garantir que os países participantes atuem, sobretudo, no combate a essas cinco situações.
A íntegra do documento está disponível em https://joom.ag/sm8a.
Sobre a Cervejaria Ambev
Unir as pessoas por um mundo melhor. Esse é o sonho da Ambev, empresa brasileira, com sede em São Paulo, e presente em 18 países. No Brasil, somos mais de 32 mil pessoas que dividem a mesma paixão por produzir cerveja e trabalhamos juntos para garantir momentos de celebração e diversão. A Ambev é uma cervejaria inovadora e temos o consumidor no centro de nossas decisões e iniciativas. Nosso portfólio conta com cervejas, refrigerantes, chás, isotônicos, energéticos e sucos, de marcas reconhecidas como Skol, Brahma, Antarctica, Budweiser, Stella Artois, Wäls, Colorado, Guaraná Antarctica, Fusion, do bem e AMA, a água mineral que destina 100% de seu lucro para projetos que levam acesso à água potável para famílias do semiárido brasileiro. Somente nos últimos cinco anos, investimos R$ 17,5 bilhões no país e deixamos um legado além dos investimentos com nossa ampla plataforma de sustentabilidade. Esse compromisso inclui metas claras, divulgadas publicamente, e se traduz em quatro pilares: consumo inteligente, água, resíduo zero e desenvolvimento. Esse trabalho é feito com uma rede de parceiros, pois acreditamos que a construção de um mundo melhor se torna mais rica quando feita em conjunto.
Sobre a Falconi
A Falconi é uma consultoria brasileira, fundada por Vicente Falconi e considerada uma das maiores do país, reconhecida por sua capacidade de transformar os resultados e a eficiência de organizações públicas e privadas por meio de técnicas de gestão eficiente. Com um time de cerca de 700 consultores espalhados por mais de 30 países, a Falconi é líder em gestão orientada ao resultado, tendo atuado em mais de 5.300 projetos ao longo de 30 anos de história.