A economia brasileira não anda bem. O desemprego e a inflação têm aumentado, e as vendas em muitos setores estão caindo. Uma projeção feita pela ONU indica que o país terá uma retração de 1,5% do seu PIB em 2015. Na contramão da crise, um setor do mercado continua firme e movimentando bilhões de reais por ano no Brasil. São as clínicas de estética e cirurgia plástica.
De acordo com o cirurgião plástico e especialista em transplante capilar, Erik Nery, só a cirurgia plástica injeta nas clínicas e hospitais do país um valor próximo dos R$ 2 bilhões. “Além disso, os últimos dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) revelaram que o número de novas cirurgias cresce 10% ao ano, com uma estimativa de 1,5 milhões de procedimentos realizados”, diz.
Erik afirma que um dos motivos do mercado da cirurgia plástica estar em constante crescimento é a programação por parte dos pacientes. “Normalmente, uma pessoa que decide realizar um procedimento estético não o faz da noite para o dia. Há todo um processo de planejamento, realização de exames pré-operatórios, até enfim chegar a data marcado. Ou seja, as pessoas se programam com muita antecedência, tanto ao pesquisar um profissional habitado como nas condições de pagamentos”, explica.
Sem crise
Demissões, retração, crise. Essas palavras estão bem longe de quem trabalha no ramo da beleza. Enquanto alguns segmentos estão calculando os prejuízos causados pela estagnação da economia brasileira, como a cadeia automotiva, o mercado da beleza vem crescendo acima da inflação. Alguns setores crescem até 15%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).
“É importante frisar que a estética e a beleza não são mais vistas como algo meramente superficial. Estão se consolidando como instrumentos que auxiliam as pessoas a se sentirem bem, aumentando a autoestima, a confiança e, por consequência, a saúde”, destaca Erik Nery.
- postado por Oswaldo Scaliotti