De acordo com dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o mercado de seguros do Ceará arrecadou um total de R$6.434,1 bilhões em 2023, registrando um crescimento de 3,3% (sem DPVAT e Seguro Saúde). Deste montante, retornaram para a sociedade R$1.604,2 bilhão em pagamentos de indenizações, benefícios, resgates e sorteios, representando um aumento de 9,5% em relação ao ano anterior.
Segundo Ronaldo Dalcin, presidente do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), o resultado reflete o compromisso das seguradoras em fornecer suporte financeiro adequado aos segurados quando necessário, fortalecendo ainda mais a confiança no setor. Um dos segmentos que se destacou nesse cenário foi o Seguro Empresarial, com um aumento de 25,1% na arrecadação, indicando uma maior conscientização por parte das empresas locais sobre a importância de proteger seus negócios contra diversos riscos, desde incêndios até roubos.
O Seguro Rural e o Seguro de Vida também experimentaram crescimentos significativos no estado, com aumentos de 19,1% e 17,2%, respectivamente. Sobre o Seguro Rural, Ronaldo Dalcin destaca a influência do aquecimento global. “Este produto foi estimulado, entre outros fatores, pela iminência da perda da safra em função das mudanças climáticas, que vêm gerando secas mais severas e volumes de chuvas cada vez maiores e mais frequentes. Como o aquecimento global, infelizmente, segue em evolução, provavelmente os agricultores recorrerão cada vez mais à contratação dos seguros para se protegerem”, aponta.
Já sobre o Seguro de Vida, o presidente ressalta o aumento constante do produto. “O movimento ascendente do Seguro de Vida é observado nacionalmente, principalmente nos últimos três anos. Atribuímos esse crescimento significativo ao impacto da pandemia, que despertou uma conscientização maior sobre a importância da proteção financeira em situações inesperadas”, afirma o executivo.
Na esteira de crescimento, destaca-se ainda de Seguro Residencial, que registrou uma alta expressiva de 14,6% no Ceará. “Este aumento pode ser atribuído ao crescente reconhecimento da população sobre a necessidade de proteger seus lares contra uma variedade de riscos, como incêndios, furtos e danos estruturais”, diz Dalcin. Além disso, o Seguro Automóvel também apresentou um crescimento saudável de 5,7% no estado.
Seguros em alta no Brasil
De acordo com dados da CNseg, o setor de seguros (exceto DPVAT e Seguro Saúde) registrou em 2023, no Brasil, um crescimento total de 9%. O montante arrecadado ultrapassou a marca dos R$380 bilhões. Já na região sindical que abrange os 13 estados de responsabilidade do Sindsegnne, o crescimento total foi de 6,8%, com arrecadação de mais de R$34 milhões.
No total, o mercado segurador brasileiro retornou para a sociedade, em pagamento de indenizações, benefícios, resgates e sorteios, mais de R$225 bilhões, representando um crescimento de 2,5% em relação a 2022. Na região Norte e Nordeste (exceto Bahia, Sergipe e Tocantins), foram pagos mais de R$8 bilhões pelo setor, com alta de 3,3%, acima da média nacional.
Segundo Ronaldo Dalcin, presidente do Sindsegnne, o resultado positivo de 2023 foi impulsionado, principalmente, pelos produtos destinados a Danos e Responsabilidades. “Os ramos de destaque nos estados sob nossa gestão, apresentando crescimento superior à média nacional, foram Seguro de Crédito e Garantia, com 26% de crescimento e uma arrecadação de R$402,1 milhões em 2023”, aponta.
De acordo com o presidente, o Seguro Rural teve uma evolução de 23,7%, o que equivale a R$711,3 milhões. “O Seguro de Responsabilidade Civil se desenvolveu 18% a mais que em 2022, somando R$165,6 milhões, e a concentração maior deste montante, 67,1%, está distribuída nos estados da região Nordeste que fazem parte do Sindsegnne”, afirma. O Seguro de Vida também seguiu em trajetória de ascensão em 2023, com alta de 12,4%, totalizando R$2,57 bilhões arrecadados.
Para o ano de 2024, o executivo acredita que o mercado de seguros se mantenha com percentuais de crescimento acima do PIB nacional, demonstrando todo o potencial do setor em contribuir para a evolução da economia brasileira. “O mercado de seguros ainda tem bastante espaço para avançar no Brasil e a nossa região está repleta de oportunidades. Nossa expectativa é continuar crescendo, em grande parte amparados pelas ações do Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização (PDMS), iniciativa da CNseg”, prevê.