O Instituto TIM e o Ministério da Cultura anunciaram ontem (17/11), durante encontro em Brasília, um acordo de cooperação técnica que incentivará a adoção da solução Mapas Culturais por estados e municípios em todo o país. A ferramenta – um software livre desenvolvido pelo Instituto TIM – permite o mapeamento colaborativo de ações, agentes, projetos e espaços culturais e poderá aprimorar de forma significativa a gestão da cultura no Brasil, fornecendo ao poder público e ao cidadão uma radiografia das iniciativas de cada cidade ou estado.
A solução já foi adotada pelo Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), cadastro que todos os municípios e estados precisam fazer para implantar um sistema de cultura e, com isso, integrar o Plano Nacional de Cultura. Ao implementar Mapas Culturais, os municípios e estados poderão se integrar automaticamente ao SNIIC. O Ministério da Cultura dará suporte, por meio da Coordenação Geral de Monitoramento de Informações Culturais, às secretarias que desejarem adotar a plataforma em suas regiões. Com apoio do Instituto TIM, será oferecida formação à distância para as equipes técnicas.
Mapas Culturais foi criado pelo Instituto TIM em parceria com a Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, o primeiro a adotar a plataforma (nomeada de SP CULTURA). Atualmente, a ferramenta também está em operação nos estados do Ceará (Mapa Cultural do Ceará), Rio Grande do Sul (Cultura RS) e Tocantins (Mapa Cultural do Tocantins), e nos municípios de Sobral-CE (Sobral Cultura), Blumenau-SC (Blumenau Mais Cultura), João Pessoa (JP Cultura), São José dos Campos-SP (Lugares da Cultura) e Santo André (lançamento em 17/11).
“O Brasil ganha com a possibilidade de ter dados mais precisos e um mapeamento do universo cultural brasileiro, ou seja, das atividades, grupos, manifestações e equipamentos culturais. Essa possibilidade, à medida que for se desenvolvendo, facilitará a ação dos grupos culturais”, destaca o Ministro da Cultura, Juca Ferreira.
Como funciona?
Mapas Culturais é um software livre com sistema de georreferenciamento que pode ser adotado gratuitamente por qualquer cidade ou estado. A plataforma é colaborativa e pode ser alimentada tanto pelo poder público – com a inclusão de informações sobre equipamentos culturais, programações oficiais, editais etc – quanto pela população em geral, que se cadastra como agente de cultura (individual ou coletivo) e pode divulgar suas próprias programações. O conteúdo pode ser desdobrado em aplicativos para smartphones e portais, facilitando ainda mais a interação com toda a sociedade.
O sistema possibilita um melhor planejamento das ações dos gestores públicos culturais, o monitoramento e avaliação mais precisos das políticas públicas e o fortalecimento de processos de articulação local e territorialização das ações. Também fortalece o acesso à informação pública, agregando e divulgando dados de agentes, espaços, eventos e projetos culturais e ampliando a possibilidade de troca de informações.
“Mapas Culturais é um projeto do Instituto TIM com o objetivo de aproximar tecnologia e gestão pública, fomentando o desenvolvimento de novas ferramentas de políticas publicas e, principalmente, colaborando com a disseminação de iniciativas culturais em todo o País. O formato em software livre reflete a filosofia de colaboração com a sociedade e reforça nosso compromisso ao permitir que o sistema seja utilizado gratuitamente por cidadãos, instituições e governos”, ressalta
Mario Girasole, diretor geral do Instituto TIM.
Mais informações no site do Instituto TIM: MAPAS CULTURAIS.
Sobre o Instituto TIM
Fundado em 2013, o Instituto TIM (www.institutotim.org.br) tem como missão criar e potencializar recursos e estratégias para a democratização da ciência, tecnologia e inovação, promovendo o desenvolvimento humano, utilizando a tecnologia móvel como um dos principais habilitadores. Possui quatro pilares que definem sua atuação: Ensino, que tem como foco a educação em ciências e matemática; Aplicações, com o objetivo de desenvolver novas soluções tecnológicas; Inclusão, com a difusão do conhecimento de tecnologias de informação e de comunicação; e Trabalho, criando novas formas de atuação por meio do conhecimento tecnológico. Todas as soluções tecnológicas desenvolvidas pelo Instituto TIM são livres. Os projetos do Instituto TIM já envolveram mais de 300 mil pessoas em todo o país.
- postado por Oswaldo Scaliotti