O gasto médio por consumidor é estimado em R$ 368 e a maioria opta por pagamento à vista
Com 47,4% dos consumidores afirmando que irão às compras, o Natal deverá movimentar R$ 307,4 milhões no comércio varejista de Fortaleza. Os dados são da Pesquisa sobre o Potencial de Consumo do Fortalezense para a data. O valor significa um incremento de 6,0% sobre o montante faturado no ano passado, que foi de R$ 290 milhões, confirmando mais uma vez o Natal como a data comemorativa mais importante para o varejo de Fortaleza. A pesquisa foi realizada pela Fecomércio Ceará, através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC).
Embora o estudo tenha revelado queda no percentual de consumidores com intenção de compra de presentes, que passou de 53,9% em 2017 para 47,4% neste ano, por outro lado houve um aumento de 9% no valor previsto para os gastos individuais, o que resulta em crescimento no volume faturado total. Em 2018, os consumidores deverão gastar, em média, R$ 368 na compra dos presentes e o impacto total ainda pode ser ampliado, visto que 12,1% dos entrevistados ainda não têm intenção de compra definida.
O perfil dos entrevistados que afirmaram intenção de compras mostra a maioria de consumidores do gênero masculino (48,9% de resposta positiva), com idade entre 21 e 35 anos (57,7%) e renda familiar superior a seis salários mínimos (68,3%). O mix de produtos não teve alteração e o consumidor mostra preferência por artigos de vestuário, com 59,5% de citação, seguido de brinquedos (32,0%), calçados, cintos e bolsas (24,5%) e itens de perfumaria (20,4%).
Semiduráveis lideram a intenção de compra
Confirmando uma tendência inaugurada no período da crise econômica, o consumidor tem preferido os bens de consumo semiduráveis, com claro destaque para os itens de uso pessoal, como vestuário, calçados e bolsas e itens de perfumaria.
Dos produtos que lideram a intenção de compras, os artigos de vestuário foram citados por 59,5% dos entrevistados, sendo mais relevante para os homens (59,7% de respostas positivas), do grupo com até 20 anos de idade (65,1%) e renda familiar mensal entre três e seis salários mínimos (64,8%).
Os brinquedos, com 32,0% de resposta positiva, serão mais procurados pelas mulheres (35,6% de respostas positivas), do estrato com idade entre 21 e 35 anos (37,5%) e renda familiar mensal de mais de seis salários mínimos (43,4%).
Na terceira posição da lista dos produtos mais procurados, calçados, cintos e bolsas tiveram 24,5% de citação. O perfil do comprador é parecido ao do consumidor de artigos de vestuário, com preponderância dos homens (25,5%), pessoas do grupo com mais de 36 anos de idade (26,6%) e renda familiar mensal entre três e seis salários mínimos (30,6%).
Finalmente, os itens de perfumaria e cosméticos aparece com 20,4% de citação, sendo mais procurado pelas mulheres (23,6%), pelo estrado com idade acima dos 36 anos (21,9%) e renda familiar acima dos seis salários mínimos mensais (35,2%).
A pesquisa mostra ainda que o consumidor prefere o pagamento à vista (59,5%) ou através do cartão de crédito (40,0%). O gasto médio por consumidor é estimado em R$ 368, entretanto, como 63,8% dos consumidores irão comprar pelo menos três presentes, o valor médio por presente é de R$ 82.
Quanto ao possível local de compra, destacam-se os shopping centers (45,5% das respostas), os centros comerciais (34,4%) e as lojas de rua (24,2%), sugerindo movimento intenso em todo o comércio.
Apesar de grande parte dos consumidores não declararem dia específico para as compras (47,1%), a conveniência de funcionamento é fator essencial para o atendimento do consumidor, já que 31,0% relataram ter o sábado como o dia ideal para as compras. Além disso, os entrevistados revelaram que as promoções e políticas de preços serão fundamentais para atrair sua atenção, com 45,6% e 33,8% de citação, respectivamente.