A persistente crise econômica brasileira continua produzindo efeitos sobre o setor industrial, inclusive com rebatimentos regionais. Os indicadores de maio para a indústria, tanto no Brasil quanto no Ceará, confirmaram nova redução da produção e do número de empregados. Ademais, a utilização da capacidade instalada permanece abaixo da usual, enquanto que os estoques, já se ajustando às seguidas faltas de demanda, estão, pela primeira vez nos últimos 12 meses, abaixo do desejado pelos empresários.
Nesse contexto, as perspectivas de curto prazo do industrial cearense para as contratações de colaboradores, efetivação de investimentos e compras de matérias-primas permanecem, naturalmente, pessimistas. Já as expectativas sobre aumento de demanda para os próximos meses se mantiveram estáveis, enquanto que, para as exportações, foram sinalizados cenários futuros um pouco mais positivos. De forma geral, portanto, pode-se afirmar que os empresários do setor continuam incertos sobre uma recuperação da indústria, pelo menos nos próximos meses.
Essas foram as principais conclusões da pesquisa Sondagem Industrial realizada pelo Núcleo de Economia e Estratégia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria – CNI.