A Exposição “A Intenção e o Gesto” do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas chega em maio ao Museu da Indústria, equipamento do Serviço Social da Indústria (SESI Ceará). A exposição faz parte do Projeto Arte e Indústria, que acontece pela terceira vez em paralelo ao Prêmio. Nesta edição, o destaque é o escultor, gravador, ilustrador e pintor cearense Sérvulo Esmeraldo.
A mostra reúne trabalhos de Sérvulo e de mais 10 artistas contemporâneos que dialogam com sua produção – Almandrade, Ana Maria Tavares, Angelo Venosa, Arthur Lescher, Delson Uchoa, Hildebrando de Castro, Guto Lacaz, Iran do Espírito Santo, Jaildo Marinho, Raul Córdula e Paulo Pereira. O Prêmio vem a Fortaleza de forma itinerante, após ter passado por Goiás. Depois, segue para Rio de Janeiro e Florianópolis.
O Projeto Arte e Indústria homenageia artistas cujos processos de criação e produção estão relacionados à produção industrial. Nas duas primeiras edições, os destaques foram Abraham Palatnik e Amélia Toledo.
Sérvulo Esmeraldo
Nasceu em 27 de fevereiro de 1929, no Crato, CE. Aos treze anos realiza a sua primeira xilogravura. Em 1950 compõe com Goebel Weyne o núcleo jovem da Sociedade Cearense de Artes Plásticas – SCAP, em Fortaleza. Transfere-se para São Paulo em 1951. Em 1957, realiza a primeira individual, 39 gravuras de Sérvulo Esmeraldo no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Ganha bolsa de estudos do governo francês. Reside na França até 1979. Na década de 1960 começa suas incursões no campo da arte cinética, fazendo objetos com ímãs, eletroímãs e por gravidade. Retorna definitivamente a Fortaleza em 1980, que hoje abriga esculturas monumentais, cerca de quarenta obras de sua autoria. Com diversas exposições realizadas e participação em importantes salões, bienais e outras mostras coletivas no Brasil e no exterior, sua obra faz parte do acervo dos principais museus do país e de coleções públicas e privadas. Faleceu em Fortaleza, aos 87 anos, em 2017.
Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas
É considerado um dos mais tradicionais prêmios de arte contemporânea do país. A cada edição, o prêmio contempla cinco artistas que, além de receberem uma bolsa de trabalho no valor de R$50mil, são acompanhados por um crítico ou curador de arte durante um ano e têm suas obras apresentadas em exposições itinerantes e publicadas em um catálogo sobre o Prêmio.
A partir da 5a edição (2015-2016), foi criada a categoria curador, na qual curadores recebem uma bolsa de R$25mil e têm seus projetos expositivos realizados e apresentados nas exposições itinerantes do Prêmio. Junto com as exposições, é realizado um programa educativo que, por meio de programas de formação, cursos, ateliês e da produção de um material educativo, busca aproximar e favorecer as trocas entre os diversos públicos que visitam as exposições do Prêmio.