Por Gerson Mineo Sakaguti
A instabilidade política do Brasil ainda gera desconforto por parte dos investidores. Embora a bolsa de valores, apresente alta de 4% em setembro, muitos preferem uma aplicação de baixo risco e alta rentabilidade.
Neste cenário, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) têm conquistado cada vez mais espaço no mercado brasileiro.
Somente no primeiro semestre de 2017, este investimento registrou alta de 38,3%, de acordo com dados divulgados pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). De janeiro a junho deste ano, as aplicações nesta categoria alcançaram R$ 2,2 bilhões.
Também conhecido como Fundo de Recebíveis, o FIDC é um condomínio de investidores, que reúnem seus recursos em forma de fundo para “comprar” recebíveis de empresários. Estes, por sua vez, recebem de forma imediata o valor das vendas a prazo, convertidas em duplicatas.
Desta maneira, o fundo promove vantagem para ambos, uma vez que o empresário conseguirá contar rapidamente com um capital de giro, que poderá ser reinvestido em seu próprio negócio e o investidor terá uma aplicação segura e com retornos acima do CDI.
De fato, existem várias maneiras de se conquistar rentabilidade durante a inconsistência verificada no país, contudo, de maneira ímpar, os FIDCs se destacam por seu retorno estável.
Em outros tipos de investimentos é muito difícil estimar quais ativos serão lucrativos a médio prazo por conta da volatilidade que o cenário macro pode ocasionar.
Vale lembrar que é sempre importante avaliar quais FIDCs possuem bom histórico de rentabilidade, credibilidade e renomada administração de recursos.
No final das contas, tais fatores serão o diferencial para um investimento bem-sucedido.
* Gerson Mineo Sakaguti é Diretor de Captação e Câmbio da SRM.