Entre os dias 11 e 13 de agosto, músicos pernambucanos apresentam repertório inspirado no universo do cantor e compositor Dominguinhos
A CAIXA Cultural Fortaleza apresenta, entre os dias 11 e 13 de agosto de 2017, o projeto Agreste, encontro musical entre quatro amigos com o objetivo de homenagear essa região, a partir da música e da poesia de um dos maiores artistas do Brasil, mestre Dominguinhos. Como uma travessia, o repertório apresenta a dureza do sertão e a leveza do nosso litoral, trazendo uma sonoridade ao mesmo tempo forte e doce, incisiva e sutil, características tão marcantes do agreste brasileiro.
O projeto é formado por Gennaro, ex-integrante do Trio Nordestino, João Netto, que compunha a banda do homenageado, Marcelo Melo, fundador do Quinteto Violado, e Sérgio Andrade, criador da Banda de Pau e Corda. Quatro artistas nordestinos marcados de diferentes formas pelas composições de Dominguinhos, influenciados por sua terra e orgulhosos de suas raízes.
Os músicos trazem consigo influências muito afinadas com a tradição da canção popular brasileira, que foi desenvolvida no nordeste dos anos 1970 e 1980. Uma tradição que tem em Luiz Gonzaga um de seus pais criadores, mas que encontra em Dominguinhos seu principal representante. Assim, violão, viola, sanfona e voz se encontram no palco para reverenciar um dos artistas mais versáteis do Brasil.
Sobre os artistas
Sérgio Andrade – cantor e compositor pernambucano, fundador de uma das mais importantes representações da música pernambucana dos anos 1970, a Banda de Pau e Corda. Com 44 anos de carreira e mais de 10 discos gravados, percorreu os palcos de todo o Brasil cantando e encantando o público com letras que retratam o Nordeste e seu povo. Em suas canções estão representados os principais símbolos da cultura pernambucana, tal qual a ciranda, o carnaval, o sertão e o símbolo maior da resistência popular, Lampião. Sua voz doce ficou marcada em gravações como Flor D’Água, Esperança e Telha Nua. Em carreira solo desde 2009, lançou o CD “Outros Carnavais”, que reúne composições próprias e inéditas que representam uma nova faceta do artista, além do CD “FREVO”, totalmente dedicado ao mais pernambucano dos ritmos populares.
João Netto – guitarrista, violonista e compositor brasileiro natural de Buíque, Pernambuco, mas muito cedo se mudou para Garanhuns, onde iniciou sua trajetória na música. Quando menino, entrou para o grupo mirins do SESC, onde se destacou pelo imenso talento musical. Daí por diante, recebeu convites de vários grupos da época, entre eles o Super Oara de Arcoverde. Passou temporadas em Petrolina, Juazeiro do Norte, Recife e São Paulo, realizando inúmeros trabalhos e fazendo parceiro, com destaque para Nando Cordel e Maciel Melo, entre outros. Durante sua longa trajetória, tocou com grandes artistas, como Belchior, Gilliard, Alceu Valença e Nando Cordel, mas foi, sem dúvidas, o Mestre Dominguinhos com quem ele mais trabalhou, tendo passado mais de 10 anos viajando de Norte a Sul do Brasil, registrando sua guitarra em shows e CDs.
Gennaro – cantor e compositor, mas é principalmente um dos principais sanfoneiros do país. Herdeiro de Luiz Gonzaga e do Mestre Dominguinhos, fez parte da segunda formação do Trio Nordestino, tendo substituído o Mestre Lindu ainda no início dos anos 1980. Antes disso já havia acompanhado Marinês e também o Rei do Baião. No início dos anos 1990 deixa o Trio Nordestino e consolida sua carreira como músico, cantor e compositor de primeira linha da música nordestina. Em sua trajetória, tocou e gravou ainda com artistas como Alceu Valença, Zé Ramalho e com o próprio Dominguinhos. Com quatro décadas dedicadas à música nordestina, Gennaro é hoje um dos maiores nomes do forró e importante representante do legado de Luiz Gonzaga.
Marcelo Melo – cantor, compositor e um dos principais violonistas de sua geração. Fundador do Quinteto Violado, focou seu trabalho na música regional, valorizando a cultura brasileira através de trabalhos de pesquisa e agregando as experiências pessoais. Sendo responsável pelo violão, viola e voz até hoje, Marcelo imprimiu ao Quinteto sua identidade musical. A música praticada na sua vida é orgânica, com personalidade local, sempre inspirado na leitura da música dos folguedos populares, nos cancioneiros nordestinos e também através de uma criação autoral. Produz um som universal com fortes influências nordestinas e cosmopolitas na sua harmonia. Não é exagero dizer que o primeiro disco do Quinteto Violado, há 45 anos, plantou uma semente de mudança no modo de sentir e expressar a música do Nordeste do Brasil. Música esta que desbravou novos e amplos horizontes pelo mundo.
Serviço:
Música: Agreste
Local: CAIXA Cultural Fortaleza
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema
Data: 11, 12 e 13 de agosto de 2017
Horários: Sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Classificação indicativa: 12 anos
Vendas a partir de 10/07, das 10h às 20h, na bilheteria do local (venda restrita a quatro ingressos por pessoa, sendo até dois ingressos por sessão)
Acesso para pessoas com deficiência e assentos especiais
Serviço de manobrista gratuito no local
Paraciclo disponível no pátio interno
Informações gerais | CAIXA Cultural Fortaleza:
(85) 3453-2770
- postado por Oswaldo Scaliotti