Foto: Luiz Esteves, Machidovel Trigueiro, Nicola Miccione, Mansueto Almeida, Marcos André Borges, Lauro Chaves, Cássio Borges
A UFC promoveu, na manhã desta quarta-feira (10), a palestra “o desafio do ajuste fiscal e o crescimento econômico”, que foi ministrada pelo Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, e teve como debatedor o economista-chefe do BNB, Luiz Esteves. A VSM Comunicação e o Corecon foram apoiadores do evento, que ocorreu na Faculdade de Direito da UFC, e contou com patrocínio do BNB e do TMBM Advogados Associados.
Mansueto reforçou a importância de o Governo Federal seguir com o ajuste fiscal, para que o esforço feito até aqui não seja desperdiçado em curto espaço de tempo. “A dívida do Brasil continua crescendo e isso é muito sério, porque se não conseguirmos reverter essa situação ao longo dos próximos anos, tudo o que se conseguiu até aqui, de se chegar numa situação de juros baixos, inflação baixa e economia aos poucos retomando o crescimento, vai embora. Então é necessário o próximo governo continuar com o ajuste fiscal”, afirmou.
Segundo ele, os dois candidatos à Presidência estão cientes desta necessidade. “É claro que cada um tem ideias e planos diferentes, mas o importante, respeitando as diferenças entre eles, é que seja consensual que se continue com o ajuste fiscal”.
E ajuste fiscal, ele acrescenta, significa duas coisas, separadas ou em conjunto: ou se corta despesas ou se aumenta carga tributária. “Para um país de renda média como o Brasil, nossa carga tributária é alta e não tem muito espaço pra aumentar. Mas mesmo sendo alta, temos um desequilíbrio fiscal muito grande. Vamos ter que continuar fazendo cortes graduais”, acrescenta.
Por fim, Mansueto diz que, neste pacote de ajustes, é prioritária a Reforma da Previdência. Caso contrário, faltará dinheiro para outras coisas que são essenciais, como saúde e educação. “No Brasil, as pessoas ainda se aposentam muito cedo. A gente não comporta mais a conta. Apesar de sermos um país jovem, estamos em processo acelerado de envelhecimento e estamos gastando muito com Previdência. Em cerca de 30 a 40 anos, vamos gastar 20% do PIB com Previdência se continuarmos da mesma forma, e não há nenhum país no mundo que gaste tanto assim”, diz.