Os consultores do Centro de Excelência em Tecnologia e Inovação do SENAI (CETIS), em Maracanaú, estão prontos para atender as 120 pequenas e médias indústrias do setores metalmecânico, vestuário e calçados interessadas em participar do Programa Brasil Produtivo no Ceará. Serão atendidas 40 por ramo.
O Programa Brasil Produtivo, sob coordenação técnica do SENAI pelo país, prevê o aumento em 20% na produtividade dessas empresas por meio de modificações rápidas e de baixo custo nas empresas para alcançar ganhos expressivos de produtividade por meio de técnicas de manufatura enxuta. O conceito de manufatura enxuta baseia-se na redução de sete tipos de desperdícios (superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos).
Como participar
As empresas interessadas devem entrar na página do Brasil Mais Produtivo e completar o cadastro. Podem também encaminhar e-mail paravendas@sfiec.org.br ou ligar para Gerência de Vendas do Sistema FIEC, que atende pelo número de telefone (85) 3421.5813. Com base nas informações, o SENAI CETIS entrará em contato com as empresas inscritas.
Podem participar do programa as indústrias manufatureiras de pequeno e médio porte, que tenham entre 11 e 200 empregados e, preferencialmente, que estejam inseridas em Arranjos Produtivos Locais (APL). Na primeira fase do programa, os setores elegíveis no Estado são metalmecânico, vestuário e calçados.
As empresas serão atendidas pelo consultores do SENAI CETIS. A consultoria técnica é feita no processo produtivo com baixo custo, curto prazo de três meses cumprindo 120 horas, reduzindo desperdícios no chão de fábrica e obtendo resultados expressivos. O investimento é de R$ 18 mil por atendimento (R$15 mil no acordo SENAI & CNI e R$ 3 mil da empresa). O pagamento é facilitado em até 4 vezes pelo cartão de crédito ou boleto à vista.
Resultados esperados
Ao fim das 120 horas de consultoria, é esperado que a empresa aumente em, pelo menos, 20% sua produtividade. Para a avaliação dos resultados, serão utilizados quatro indicadores: Capacidade Produtiva( o aumento da quantidade de unidades produzidas em um espaço de tempo); Movimentação( a diferença entre o tempo de movimentação antes e depois do programa); Qualidade( a diferença entre o retrabalho antes e depois do programa); Retorno financeiro( a diferença entre o retorno financeiro e o que foi investido no programa).
A iniciativa, sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), tem como parceiros, além do SENAI, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No Estado, os sindicatos ligados ao segmentos beneficiados, SIMEC, Sindroupas, Sindconfecções e Sindcalf, também são parceiros do Programa.
Saiba mais:
O programa é inspirado no projeto-piloto do Indústria Mais Produtiva, desenvolvido em 2015 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto a 18 empresas de médio porte (com faturamento entre R$ 3,6 milhões e R$ 20 milhões) dos setores de alimentos, confecção, calçados, metalmecânico e brinquedos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Ceará.
O resultado foi um retorno financeiro entre oito e 108 vezes o valor (R$ 18 mil) investido pelas indústrias. Entre outros resultados, foram registrados 42% de aumento médio de produtividade; 41% de ganho em qualidade do processo produtivo e 21% de redução de custo de produção.